O capitão do Spartak Moscovo, Egor Titov, foi acusado de comportamentos racistas pelo avançado ganês Baffour Gyan, após o jogo entre o adversário do Sporting na Liga dos Campeões e o Saturn, que terminou com um empate (1-1). Durante a partida, Gyan queixou-se ao jornal Sovietsky Sport de insultos permanentes por parte dos adeptos do Spartak, que teriam imitado ruídos de macaco de cada vez que o jogador tocava na bola.
«Titov não se comportou como um capitão de equipa: em vez de acalmar os seus adeptos piorou a situação, incitando o público e pressionando o árbitro para me mostrar o segundo cartão amarelo. Ele comportou-se como um racista», afirmou o jogador, irmão mais velho do internacional ganês Asamoah Gyan, que brilhou no último Mundial.
Gyan justifica a sua expulsão, motivada por um gesto obsceno na direcção do público, como uma reacção descontrolada às incidências da partida: «Perdi a paciência com o seu comportamento e reagi de uma forma errada», afirmou. O clube de Gyan enviou já uma exposição à federação russa, desencadeando um processo de inquérito das autoridades que presidem ao futebol naquele país.