Carlos Alberto ainda mantém uma ligação forte ao F.C. Porto, apesar de ter abandonado o clube há alguns meses. Desde São Paulo, aceitou conversar com o Maisfutebol através de e-mail, sempre com o espírito bem disposto que levou os colegas a apelidarem-no de «feijão».
O médio do Corinthians não tem dúvidas: quer ver os dragões levantarem o título, até porque também ele terá direito a receber as faixas de campeão. «Estou a acompanhar esta semana com uma certa ansiedade, porque acredito que o F.C. Porto será campeão. Tenho muitos amigos no clube e torço por eles. Além disso, participei do início da temporada e sinto que fiz parte desta trajectória», referiu peremptoriamente, não deixando dúvidas sobre a sua vontade, até porque «a equipa é boa».
No Brasil tem como colegas Roger e Anderson, dois jogadores com ligações ao Benfica, porque o primeiro até há bem pouco tempo treinava na Luz e o segundo é reforço confirmado para a próxima época. «Digo-lhes que se quiserem ser campeões em Portugal têm que jogar no Porto», manifesta, claro, com um tom agradável à mistura.
As ligações ao F.C. Porto são mantidas pela Internet e através de «alguns jogos que passam para o Brasil [na televisão], como foram os da Liga dos Campeões». Para além disso, está sempre em contacto «com alguns amigos como o Maniche, Nuno Valente, Luís Fabiano e até com o Derlei, que está na Rússia». Apesar de ter saído do clube de forma algo surpreendente, guarda «óptimas recordações»: «Foi um período excelente, diria até que foi a melhor fase da minha carreira e só devo dedicar isso ao Porto. Amadureci muito como pessoa. Só tenho o que agradecer».
De qualquer forma, ficou sempre a dúvida sobre se Victor Fernández terá sido o principal culpado pela sua saída, até porque quando deixou a cidade do Porto Carlos Alberto disse que iria dedicar o primeiro golo que marcasse ao treinador espanhol.
«Fiz esta brincadeira como uma forma de mostrar que não tinha mágoa nenhuma dele. Não fiz para ser irónico, só foi uma maneira alegre de dizer que saí sem problemas com o treinador. Deixei o Porto porque recebi uma proposta muito boa do Corinthians, nada a ver com brigas. Pesei bem o facto de que aqui seria titular, a boa proposta e a proximidade da selecção brasileira. E acho que fiz um bom negócio, pois já fui chamado para a selecção principal», explica, sem deixar margem para dúvidas.