O Marítimo desloca-se à Choupana somando menos dois pontos que o rival. Em caso de triunfo, os verde-rubros ultrapassam o Nacional na classificação. Na era Carvalhal, os resultados são positivos: uma vitória e um empate. Assim, a moral está em alta e preparados para tentar repetir o triunfo da primeira volta (4-2) ou da temporada passada (0-2).
O técnico maritimista falou abertamente sobre esta sua estreia em derbies madeirenses. «Preparados estamos sempre. É o meu primeiro derby na Madeira, mas já disputei outros enquanto jogador e treinador, pelo que não é nada de estranho para mim. Nem para os jogadores. É mais um jogo de campeonato, embora com características um pouco diferentes, mas mais no envolvimento do que propriamente no jogo em si. Temos de nos concentrar no nosso trabalho e ele não difere de jogo para jogo: é mais um para ganhar. Tem uma carga emotiva, se calhar mais exterior às próprias equipas, e que não vai decidir absolutamente nada. Mas é importante, pois nesta fase do campeonato todos os jogos são muito importantes», afirmou.
A rivalidade existente fora de campo entre adeptos é o sal e pimenta para a partida segundo o líder do Marítimo: «É o lado bom do futebol, das rivalidades, que apimenta mais o jogo. E nós, profissionais, gostamos desses desafios. Face a essa carga emotiva exterior, faz com que os jogadores se transcendam e estejam ao seu melhor nível. É isso que esperamos, perante uma boa equipa¿ que também vai enfrentar outra boa equipa que é o Marítimo, que se sente forte e confiante. Tendo um bom árbitro, vai com certeza ser um jogo bom para os adeptos e para quem gosta de futebol».
Preparados para um Nacional moldável
Em relação ao adversário Carvalhal não abriu muito o jogo mas sempre adiantou que a sua equipa está preparada para enfrentar um opositor forte.
«Não vou tecer comentários sobre o adversário, nem gosto de fazê-lo. Evidentemente que todas as equipas têm pontos fortes e fracos e conhecemos ao pormenor a equipa do Nacional¿ tal como conhecíamos ao pormenor o V. Setúbal e o Rio Ave. E eles também nos conhecem. Hoje em dia não há grandes segredos relativamente à postura das equipas. Nós temos uma forma de actuar que não queremos que se altere.
O Nacional é uma equipa um bocado mais moldável que a nossa, porque altera por vezes o seu sistema durante o jogo. Nós conhecemo-lo bem e estaremos preparados para as dificuldades que o jogo encerra», disse.
O treinador dos madeirenses não concorda que esta partida seja decisiva na luta por um lugar europeu. «Não posso dar essa carga a este jogo, pois depois deste jogo ainda há muitos pontos em disputa. Independentemente do resultado, há muito ponto por disputar. Evidentemente que é importante, tal como será o seguinte com o Trofense», afirmou de forma convicta.