O Casa Pia soma os mesmos oito pontos que somava na temporada passada ao fim de cinco jornadas, mas o treinador Filipe Martins diz que, desta vez, prefere penar a curto prazo, isto é, no próximo jogo, neste caso, já este sábado (18h00), em casa, frente ao Vitória de Guimarães.

«Passámos uma borracha na época passada. Curiosamente, temos os mesmos pontos, mas, nesta casa, só se pensa no dia seguinte. Se fizermos uma primeira volta como no ano passado, fantástico, mas não é fácil fazê-lo, porque este campeonato vai ser mais competitivo do que o anterior. O nosso foco não está a médio ou longo prazo, está no treino e jogo seguintes. É com esta mentalidade que as coisas vão acontecer», destacou o treinador na antevisão do jogo.

Depois de duas vitórias, dois empates e uma derrota, os gansos procuram ainda o primeiro triunfo na sua casa emprestada, em Rio Maior, onde somam um desaire com o Sporting (1-2) e um empate frente ao Rio Ave (1-1).

«É sempre importante trabalharmos sobre vitórias, o sorriso na cara aparece muito mais facilmente. Não podemos encarar esta fase positiva com conforto, mas temos ambição de querer mais uma vitória no nosso caminho. É esse o objetivo, diante de uma equipa que, neste momento, não está numa fase muito positiva, mas a qualidade individual e coletiva está lá», realçou em alusão à três derrotas consecutivas da equipa minhota.

Desde que o brasileiro Paulo Turra assumiu o comando da equipa técnica do Vitória de Guimarães, a partir da terceira jornada, em substituição de Moreno, o Vitória somou apenas um triunfo, logo na primeira partida. Depois perdeu sucessivamente com Benfica, Tondela e Portimonense.

«Devido à mudança de treinador, podem estar numa fase de adaptação a novas ideias. Tenho de estar muito focado nos nossos comportamentos. Espero um jogo competitivo. contra uma excelente equipa e jogadores. Acreditamos que o nosso bom momento não vai ser manchado por nenhuma falta de compromisso da nossa parte», comentou.

Apesar de tudo, Filipe Martins quer o Casa Pia apenas concentrado naquilo que pode fazer. «O Vitória é um clube com uma massa adepta única, muito própria. Quem joga e treina o Vitória tem de convencer dia a dia. É um clube muito sui generis nesse aspeto. Não temos de estar focados nos problemas dos outros, mas sim prontos e concentrados no que fazemos. Não vai ser diferente de outros jogos, a pressão está igualmente presente e acreditamos que, se fizermos um jogo competente, podemos tirar três pontos», disse.

Também à semelhança da temporada passada, o Casa Pia tem-se destacado como uma das defesas menos batidas da competição, com quatro golos sofridos, o que a coloca, a par de Sporting e FC Porto, no segundo lugar da estatística, apenas atrás do Famalicão.

«Na nossa zona central do terreno, mantivemos muito a identidade e os jogadores. São o pilar da nossa equipa, que se reflete em poucos golos sofridos. Melhorámos o registo ofensivo e a diferença de golos, marcámos em todos os jogos. Os golos que sofremos foram de fora da área. No interior da área, os nossos adversários não têm tido ocasiões claras de golo na cara do Ricardo [Batista], devido à nossa organização. Ter uma boa base vinda de trás ajuda-nos a atingir resultados de uma forma mais eficaz», explicou ainda.