Casemiro Mior, técnico do Belenenses, após a derrota caseira com o Leixões (0-1), reconheceu que está cada vez mais reduzida a margem de manobra para conseguir que a equipa do Restelo consiga inverter os maus resultados deste início de época:
«Já esperava que o Leixões jogasse fechado. Saímos de forma lenta para o ataque. O José Mota procurou fazer uma marcação individual ao Silas e ao Zé Pedro, o que nos dificultou a tarefa. Depois o Mano subiu de produção e criámos algumas oportunidades, sem conseguir chegar ao golo. Tínhamos uma obrigação maior de vencer, a jogar em casa, e tinha sido importante marcar nesta altura. Na segunda parte adiantámos o Mano, mas o Leixões, em contra-ataque, marcou, e isso dificultou ainda mais o nosso trabalho. O Belenenses teve cinco ou seis oportunidades de golo, o Leixões teve uma e marcou.»
«A equipa ainda denota problemas nos mecanismos de jogo. Não se pode construir uma equipa com elementos que estão a fazer o segundo jogo. Treinámos a semana toda com o Maykon a lateral esquerdo, e depois tivemos de adaptar o Matheus. O Belenenses não tem mecanismo de jogo, não consegue impor um ritmo de jogo forte.»
«Temos um bom grupo de jogadores, com qualidade. Temos de criar uma equipa entrosada, com uma forma de jogar própria, em casa e fora. A equipa tem condições e capacidade. Há que acreditar.»
[quanto tempo entende que ainda tem, para inverter a situação] «É difícil determinar um tempo. Temos de pensar em ganhar no sábado, frente à Naval. O Belenenses é um clube grande, não pode continuar nesta situação, mesmo com tantas mudanças na equipa. Há jogadores, brasileiros e não só, que precisam de tempo de adaptação. O futuro é o jogo de sábado.»
«O treinador de futebol, quando não alcança resultados, está sempre em perigo.»
[a quem devem ser atribuídas responsabilidades?] «Direcção, técnicos, jogadores, estamos todos juntos. Não há culpados maiores e menores.»