Oito anos depois, Iker Casillas está de volta a Hampden Park. Ao serviço da selecção espanhola, e por ocasião do jogo com a Escócia, regressa ao palco em que deixou cair o estatuto de promessa e se assumiu como um dos grandes guarda-redes mundial (para muitos até o maior).

15 de Maio de 2002. O Real Madrid disputa a final da Liga dos Campeões em Glasgow, perante o Bayer Leverkusen. César foi o dono da baliza «merengue», mas lesiona-se a cerca de vinte minutos do fim. Casillas entra em cena. Tinha 20 anos apenas, mas até já fora o titular, estatuto perdido alguns meses antes. A perder por duas bolas a uma, a equipa alemã encosta o Real às cordas, na fase final do encontro. O miúdo de Móstoles quase nem tem tempo para aquecer, mas resiste a todas as investidas. Faz várias intervenções de grande nível, e garante a conquista do título europeu.

Algumas semanas depois volta a ser beneficiado por um azar alheio. Santiago Canizares corta um pé com um frasco de perfume, em casa, e Casillas assume a titularidade da selecção espanhola no Mundial da Coreia e Japão. A carreira não mais voltou para trás. «O jogo de Hampden Park foi o ponto de viragem», assume agora o próprio Casillas.

O regresso ao recinto escocês, oito anos depois, não é feito a solo. Vicente del Bosque era o técnico do Real Madrid em 2002, e agora comanda «La Roja». «Aqueles sete minutos de compensação, dados pelo suíço Urs Meier, pareceram uma eternidade. Algo único na história da prova», recorda o técnico.

Reveja a exibição de Casillas na anterior visita a Hampden Park: