O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol ordenou que o processo a Paulo Pereira Cristovão seja mesmo analisado pelo Conselho de Disciplina e de caminho envolveu também o Sporting no caso, confirmou o Maisfutebol. Assim, o antigo dirigente e o clube serão alvos de processo disciplinar por causa do chamado caso Cardinal, sob acusação de lesão à honra do Marítimo e do árbitro assistente José Cardinal.
O processo tinha sido originalmente arquivado pelo CD, mas o Marítimo recorreu e o Conselho de Justiça deu-lhe agora razão, num acordão de 21 de junho, citado pelo jornal «A Bola», que critica a decisão do órgão disciplinar e também acrescenta o clube como arguido. Considera o CJ que o Regulamento Disciplinar da Federação deixa claro que o clube é responsável pela atuação dos seus dirigentes.
O Sporting arrisca uma pena de multa que pode ir até dois mil euros pelo processo que remonta a dezembro de 2011, ao encontro da Taça de Portugal entre Sporting e Marítimo. Pereira Cristovão é acusado de ter armado uma cilada a José Cardinal, mandando depositar dinheiro na conta do juiz e enviando depois uma denúncia anónima a Godinho Lopes, que a fez seguir para a Federação. A forma como o terá feito é contada em detalhe no acordão do CJ.
Além deste processo desportivo, que apenas analisa se houve lesão da honra do Marítimo e de Cardinal, Pereira Cristovão vai a julgamento na justiça civil no âmbito deste caso acusado de sete crimes, que vão de burla qualificada a peculato, passando por denúncia caluniosa.