A Federação Portuguesa de Futebol e o Benfica ainda não foram notificados do parecer da Procuradoria Geral da República relativo ao caso Nuno Assis, nem da sua homologação pelo Governo. As consequências políticas do processo ainda deverão demorar a ter desenvolvimentos, quanto à sentença desportiva é de esperar que seja conhecida no início de Janeiro.
O parecer em questão considerava ilegal a decisão do Conselho de Justiça de arquivar o processo por doping ao jogador do Benfica e defendia a sua revogação. Em caso de não cumprimento a Federação pode arriscar a perda do estatuto de utilidade pública desportiva, num processo que terá de passar pelo Instituto do Desporto.
A FPF já defendeu no entanto que não tem competência para revogar a decisão, por ter sido tomada por um órgão autónomo.
Nuno Assis espera ainda entretanto a sentença do Tribunal Arbitral de Desporto (TAS) sobre a sua suspensão. Também após iniciativa do Governo português, que contestou a condução do processo pela justiça desportiva, o caso foi levado à Agência Mundial Antidopagem, que pede a pena máxima neste caso, de dois anos. Nuno Assis foi condenado em Portugal a seis meses, não tendo chegado a cumprir os 19 últimos dias face ao arquivamento do processo pelo Conselho de Justiça.
O TAS ouviu as várias partes no início do mês e aguarda-se agora a sentença. Mas os serviços do tribunal, com sede em Lausanne, encontram-se de férias nesta altura, pelo que deverá ser preciso aguardar pela segunda semana de Janeiro para conhecer a decisão.