O parecer em questão considerava ilegal a decisão do Conselho de Justiça de arquivar o processo por doping ao jogador do Benfica e defendia a sua revogação. Em caso de não cumprimento a Federação pode arriscar a perda do estatuto de utilidade pública desportiva, num processo que terá de passar pelo Instituto do Desporto.
A FPF já defendeu no entanto que não tem competência para revogar a decisão, por ter sido tomada por um órgão autónomo.
Nuno Assis espera ainda entretanto a sentença do Tribunal Arbitral de Desporto (TAS) sobre a sua suspensão. Também após iniciativa do Governo português, que contestou a condução do processo pela justiça desportiva, o caso foi levado à Agência Mundial Antidopagem, que pede a pena máxima neste caso, de dois anos. Nuno Assis foi condenado em Portugal a seis meses, não tendo chegado a cumprir os 19 últimos dias face ao arquivamento do processo pelo Conselho de Justiça.
O TAS ouviu as várias partes no início do mês e aguarda-se agora a sentença. Mas os serviços do tribunal, com sede em Lausanne, encontram-se de férias nesta altura, pelo que deverá ser preciso aguardar pela segunda semana de Janeiro para conhecer a decisão.
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