O Cruzeiro apresentou uma queixa formal contra o Real Garcilaso na sequência dos insultos que os adeptos do clube peruano dirigiram ao antigo sportinguista Tinga e exige à Conmebol que o adversário na Taça Libertadores perca os três pontos da vitória ou que seja mesmo expulso da competição.

«Um dia depois da partida, o Cruzeiro fez a denúncia do que houve no Peru para a Conmebol, formalizou a denúncia. Entendemos que se trata de um ato que deve ir da perda de pontos do clube peruano no jogo à retirada dele da Libertadores deste ano, contou o advogado Theotonio Chermont de Britto, que está à frente do caso, em entrevista ao «Lancenet».

O órgão máximo que gere o futebol sul-americano abriu entretanto um processo disciplinar contra o clube peruano, por racismo. «Seria justa a saída do Real Garcilaso da Libertadores porque se trata de uma atitude que é classificada como crime. O racismo é conduta pesada, relevante e não pode passar em branco. A Conmebol precisa ser rigorosa neste caso, para evitar a repetição do racismo. Vimos isso não só no nosso continente. O Balotelli foi vítima, o Marcelo, do Real Madrid, também, se não me engano», destacou ainda o advogado.

O Real Garcilaso tem agora até à próxima segunda-feira, dia 24 de fevereiro, para apresentar a sua defesa. O clube peruano, de acordo com o regulamento, pode ser excluído da competição. Mas a única garantia é que seus dirigentes terão de pagar uma multa de 7 mil reais pelos insultos racistas dirigidos a Tinga.