Há uma coincidência a ligar Celso e Paulo Futre. Duas, aliás. Bem visto, são três. «Fazemos anos no mesmo dia, fomos colegas de quarto no F.C. Porto e escapávamos os dois nas folgas para o Corte Inglês, em Vigo», sublinha o ex-defesa central ao Maisfutebol.
Futre é, de resto, dos amigos que mais saudades deixaram a Celso. «Eu era o paizão dele, dez anos mais velho», adverte. «Tínhamos grandes conversas, porque ele andava sempre eufórico. Dentro e fora de campo. Paulinho, calma, relaxa. Não tens de correr tudo de uma vez», aconselhava Celso.
Do soco a Carlos Manuel à praia com Pinto da Costa
Outro dos colegas mais chegados era Juary. O «enigma-Juary», como diz Celso. «Eu era quase um treinador-jogador e tinha grandes conversas com o Artur Jorge. Confesso que passámos muito tempo a tentar perceber o futebol do Juary».
O eterno número 13 falhava redondamente quando jogava a titular. «O Artur insistiu várias vezes com ele e quase desistiu. Até que chegou o jogo com o Barcelona. O Juary saltou do banco e fez três golos. A partir daí passou a ser a arma secreta da equipa».
«Em 1987 o Dínamo era muito mais forte do que agora»
«O Artur Jorge dizia-me que a velocidade dele era para aproveitar quando os defesas já não estivessem frescos. Foi a melhor opção que podia ter tomado», refere Celso, que enumera outros nomes incontornáveis do F.C. Porto na década de 80.
«Eu até era mais próximo dos portugueses do que dos brasileiros. Gomes, Frasco, André, João Pinto, todos eram e são meus grandes amigos. Já não vou há dois anos ao Porto, mas tenho de voltar urgentemente. Esta conversa está a mexer com as minhas memórias».
O golo de Celso em Kiev: