Numa semana em que a FIFA entregou a organização do Mundial 2018 à Rússia, os adeptos do Spartak de Moscovo não deram o melhor exemplo de conduta num recinto desportivo. O emblema da capital russa enfrentava o Zilina, da Eslováquia, e o jogo da última ronda da Liga dos Campeões esteve interrompido durante cerca de 20 minutos devido às acções dos adeptos russos.

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Foguetes e outros engenhos pirotécnicos foram utilizados pelos adeptos, levando o árbitro do encontro a temer pela segurança dos jogadores e, por isso, interrompido o jogo. A atitude dos russos não foi, sublinhe-se, fruto do acaso.

Os adeptos do Spartak já tinham estado em evidência no último fim-de-semana, pelos mesmos motivos e prometeram voltar a agir. Na base desta decisão está o assassinato de um jovem adepto do clube, que se envolveu numa rixa com habitantes do Cáucaso do Norte, uma das regiões da Rússia mais delicadas, devido a constantes incidentes e atentados.

As divisões internas no país não são de agora e, no início da semana, os adeptos do Spartak já tinham deixado algumas palavras xenófobas no seguimento do incidente: «A Rússia é para os russos» e «Moscovo para os moscovitas».

Spartak venceu Zilina por 1-2

Os jogadores do Spartak Moscovo, entre eles o ex-portista Ibson, autor de um golo no jogo, tentaram acalmar os adeptos, sem sucesso. O jogo foi mesmo interrompido e retomado pouco depois e os dois clubes em campo (o Spartak jogava fora) não se devem livrar de uma pesada multa da UEFA.

Veja um vídeo dos incidentes em Zilina:



E outro:



Veja um video da manifestação de Moscovo: