FIGURA: João Cancelo

Um jogo absolutamente fabuloso do lateral português. Fez o golo do empate na resposta imediata à vantagem do FC Porto dada por Pepê, mas fez muito mais do que isso. Na largura e profundidade que deu pelo corredor esquerdo, levou sempre o perigo à área contrária, assistiu João Félix para o 2-1, esteve perto de marcar novamente e deu muitas dores de cabeça à defensiva do FC Porto (sobretudo, muito trabalho a João Mário). Com e sem bola, uma exibição para registar: 82 minutos de alto nível de Cancelo, substituído por Alejandro Balde depois de algumas queixas físicas. Foi, de longe, o melhor em campo.

MOMENTO: Cancelo e Félix combinam para a reviravolta (57m)

O Barcelona chegou ao golo da vantagem (e da vitória) aos 57 minutos, num lance 100 por cento português. Depois de um passe longo de Frenkie de Jong, João Cancelo ganhou pelo ar com João Mário, João Félix recolheu a bola, galgou metros e combinou para receber de Cancelo e atirar para o fundo da baliza.

Barcelona-FC Porto, 2-1: o filme do jogo

OUTROS DESTAQUES

Pepê: uma grande exibição do internacional brasileiro do FC Porto. Abriu o marcador aos 30 minutos, teve rasgo, criatividade e força para levar a equipa para a frente, levou perigo à baliza de Iñaki Peña nos lances mais perigosos do FC Porto e, para sua infelicidade e da equipa, fica ligado a um lance determinante no encontro, quando teve dois momentos claríssimos para chegar ao 2-2 aos 80 minutos. Não conseguiu bater Iñaki Peña à primeira e, à segunda, preferiu o cruzamento a um possível remate de golo.

João Félix: Cancelo brilhou (e de que maneira), mas o seu compatriota não lhe ficou atrás. João Félix voltou a encontrar-se com as redes adversárias e bateu Diogo Costa para o golo que, por fim, fez a diferença, aos 57 minutos. Expôs o seu talento em campo e a combinação com João Cancelo no 2-1 é o expoente máximo de uma noite em que mostrou o potencial que tem.

Diogo Costa: é certo que o FC Porto sai derrotado de Barcelona e nos golos pouco pôde fazer para travar as qualidades de Cancelo e Félix na finalização. E é certo que o guarda-redes dos dragões quase borrou a pintura ao oferecer a bola a Pedri num lance que podia ter dado o 2-1 aos 42 minutos, por Raphinha. Porém, Diogo Costa também foi determinante para manter o FC Porto ligado ao jogo até ao final, com a diferença mínima no marcador. De sublinhar, já depois de algumas defesas na primeira parte, as duas intervenções a Raphinha já na parte final do jogo. A última delas, ao minuto 89, é à altura do remate acrobático do ex-Sporting e Vitória.

Raphinha: pela direita, foi um perigo constante nas saídas rápidas do Barcelona e visou várias vezes a baliza de Diogo Costa, que lhe negou o golo num par de ocasiões. Bem tentou o golo, desequilibrou e ajudou o Barcelona a colocar a defesa do FC Porto em sentido.