Incompetência. Imaturidade. Incredulidade.

Puuuuummmmm! O FC Porto caiu direitinho no plano do Dínamo. No momento definido pelos ucranianos e da forma escolhida pelo treinador Serhiy Rebrov.

Numa só noite, os dragões comprometeram tudo o que de bom têm conseguido na Europa e colocaram-se numa posição desconfortável, muito desconfortável. Só por culpa própria.

O Dínamo entrou mansinho, recuado e o FC Porto acreditou que os ucranianos não davam para mais. Avançaram os dragões, confiantes e altivos, ignorando que a armadilha estava montada e bem escondida.

20 minutos de posse de bola, onde a reflexão foi confundida com lentidão, deu ao jogo um sinal mais do que enganador. Para o FC Porto, lá está, e, assumamos, para o observador comum.

FICHA DE JOGO E A PARTIDA AO MINUTO

Os ucranianos puseram o FC Porto onde quiseram, erradamente confortável, e num ápice trocaram rapidamente de roupagem. Desprevenido, o pobre dragão levou primeiro com uma bola no poste – e uma recarga miraculosamente falhada – e logo depois com um penálti (discutível, é verdade) cometido por Imbula.

O Dínamo fez o golo e o desassossego tomou conta da noite azul e branca. Um inferno    
de regras e ritmos ucranianos.

Depois, quando se pedia sabedoria e maturidade, o FC Porto só deu coração e equívocos.

Lopetegui trocou só um jogador ao intervalo (Maxi por André André) mas mexeu em quase tudo o que podia mexer na defesa e no meio-campo.

Layún passou para lateral direito, Danilo recuou para central, Martins Indi foi para lateral esquerdo e Rúben Neves passou para a posição-seis, atrás de André André e Imbula.

Não deu bom resultado. 

DESTAQUES DO JOGO: Yarmolenko, um craque ucraniano

Apressado mas confuso, voluntarioso mas trapalhão, intenso mas inconsciente. O FC Porto não foi uma equipa grande, não foi uma equipa forte, não foi uma equipa equilibrada.

Tentou caminhos impossíveis, becos sem saída, esqueceu fundamentos básicos. E quando olhou para trás, Derlis já fugia pela esquerda, prontinho para rematar para o 0-2. E aí, até Iker Casillas, que estava a ser o melhor do FC Porto (com Rúben Neves) borrou a pintura.

Quando Lopetegui lançou Dani Osvaldo e Jesús Corona, a 20 minutos do fim, já ninguém acreditava no que quer que fosse. E isso é um sinal péssimo. Numa verdadeira final, para gente grande, o FC Porto foi um menino mimado e incapaz de reagir à perda.

O Dínamo foi superior em tudo e acabou o jogo com 17 remates contra oito do FC Porto. As duas bolas nos ferros ucranianos, na fase final, até podem enganar no resumo televisivo, mas só mesmo quem não viu o jogo do princípio ao fim.

Primeira derrota da temporada, qualificação para os oitavos de final seriamente comprometida, níveis de confiança naturalmente abalados.  

Que FC Porto foi este, senhor Lopetegui? Puuuuummmmm, a queda ouviu-se por toda a Europa.