Peter Kenyon, director executivo do Chelsea, defendeu esta segunda-feira a instituição de regras mais rígidas em defesa da estabilidade dos contratos entre jogadores e clubes.
«A questão da estabilidade contratual é realmente importante para o futebol a todos os níveis», afirmou o dirigente na Malásia, onde os «Blues» prosseguem a sua digressão asiática, citado pela Reuters.
Numa altura em que o tema é alvo de discussão, nomeadamente depois de o próprio presidente da FIFA ter criticado os clubes pela forma como prendem os jogadores e ter chegado a usar a palavra «escravatura», numa declaração a propósito de Cristiano Ronaldo, Kenyon usa um argumento contrário e coloca-se do lado do Manchester United: «Ninguém é forçado a assinar um contrato. É suposto os clubes honrarem os contratos, e os jogadores também. O futebol tem de olhar seriamente para este assunto.»
«É preciso podermos acreditar que uma equipa não é só para uma época, mas que os jogadores estarão lá por dois ou três anos. Se os adeptos achassem que na época seguinte a sua equipa teria 23 jogadores novos, o jogo iria perder algo», concluiu.
O dirigente reafirmou também que o Chelsea não quer deixar sair as suas principais estrelas e reafirmou a intenção de manter Frank Lampard, apesar do interesse do Inter de José Mourinho e de o médio não ter chegado a acordo para renovar: «Não vendemos os melhores jogadores, não precisamos e não o vamos fazer. Queremos que o Frank fique, e esperamos continuar a vê-lo com a camisola do Chelsea.»