João Paulo nem queria acreditar, quando viu o presidente do seu clube, o APEP, entrar em campo. O jogador português já tinha sido substituído e por isso estava no banco, quando Panayiotis Neocleous desceu da bancada e deu ordem aos jogadores para recolher ao balneário, ainda antes de soar o apito final do jogo com o Ethnikos. O golo do empate (1-1), sofrido ao sexto minuto de compensação, quando só tinham sido indicados quatro, soltou a ira do dirigente.
«Há algum tempo que estamos a ser prejudicados pela arbitragem. As arbitragens aqui são uma vergonha», justifica o jogador português, em conversa com o Maisfutebol.
Embora compreenda a indignação do presidente, João Paulo entende que a decisão foi demasiado radical, tendo em conta o prejuízo que pode trazer para o APEP. «Nós, jogadores, também nos sentimos frustrados. Estão a gozar com o nosso esforço, mas foi uma atitude precipitada. Não leva a nada, e provavelmente vamos perder o ponto que íamos somar», explica.
Com o APEP a lutar pela manutenção, o jogador português espera que o protesto «não tenha sido em vão». «É preciso mudar as coisas, e a mudança tem de partir de algum lado. Quando vim para cá, as pessoas dizia-me que isto era complicado, mas tenho visto coisas absurdas», disse ao Maisfutebol o jogador de 25 anos, formado no Portimonense.