O presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) afirmou esta sexta-feira, em tribunal, que «havia uma concentração de denúncias» na W52-FC Porto, e revelou que havia outras equipas e ciclistas com denúncias por alegadas práticas dopantes.

Ouvido no julgamento da operação «Prova Limpa», que decorre no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, Manuel Brito reconheceu ainda que os resultados no combate ao doping no ciclismo «não têm sido muito bons» e disse que estão em curso «processos relativos a passaportes biológicos de outros atletas.

«Essa questão dita cultural aparece muitas vezes, mas eu não a aceito. Já foi cultural o marido bater na mulher, já foi cultural ter escravos. Tudo isso agora é proibido porque a civilização avançou. Hoje é crime», respondeu, citado pela Lusa, após ser questionado por um advogado.

Manuel Brito assumiu a presidência da ADoP em 2019, altura em que começou a receber «as primeiras denúncias sobre a W52-FC Porto», ele que, diz, recebe em média três denúncias semanais, muitas das quais «não são verdade», apesar de todas serem analisadas.

A operação «Prova Limpa» com 26 arguidos, que respondem por tráfico de substâncias e métodos proibidos, mas apenas 14 por administração de substância e métodos proibidos.