Miguel Vítor despediu-se do Benfica após treze anos de ligação ao clube e na partida deixou críticas a Jorge Jesus. Em entrevista ao jornal A Bola, o central acusou o treinador de não ser honesto.
«Nunca me respondeu com honestidade e frontalidade, porque é claro que nunca fui aposta para ele. Nunca conseguiu dizer isso, de que eu não era aposta para ele», referiu.
O central lembrou por exemplo que jogou trinta minutos em Old Trafford, frente ao Man. United, por lesão de Luisão, numa exibição elogiada por toda a gente, e depois, frente ao Sporting o treinador preferiu Jardel. Lembrou também o jogo para a Taça em Freamunde, quando o treinador preferiu apostar em Sidnei, da equipa B, e não nele, que estava na equipa principal.
Pelo meio, Miguel Vítor garantiu que a continuidade de Jorge Jesus não era, na perspetiva dele, a melhor solução para o Benfica.
«Só o tempo o dirá, mas para lhe responder com frontalidade, acho que o ciclo dele no Benfica terminou no final da época passada», referiu.
«Fizemos uma excelente época até à parte final. Podíamos ter ganho tudo, mas isso não aconteceu. Por isso, a continuidade dele poderá não ser o melhor para o Benfica, do meu ponto de vista, mas a Direção teve outra ideia. Vamos ver...»
Por fim, Miguel Vítor apontou também o dedo a Cardozo: em causa o gesto do avançado após a final da Taça de Portugal, no Jamor.
«Foi uma situação muito grave, não só com o treinador, mas também com um colega [André Almeida], acusando-o dentro de campo. Foi muito mau»», sublinhou.
«Se ele queria dizer alguma coisa, que o fizesse no balneário, não numa coisa que passasse para toda a gente. Acusar um colega dentro de campo, e nem percebi bem porquê, foi uma coisa muito grave, das piores que já vi no futebol.»