A FIGURA: Fejsa

Impressionante a forma como mordeu os calcanhares a todos os jogadores do FC Porto que se aproximaram do seu raio de ação e, até, como se aventurou em missões que raramente são as dele, tentando iniciar alguns contra-ataques nos primeiros 45 minutos. Na etapa complementar sentiu mais dificuldades, numa altura em que os dragões foram adquirindo o controlo do meio-campo, mas manteve a influência do costume no trabalho defensivo.

 

O MOMENTO: golo de Herrera gela a Luz e deixa penta mais longe

Depois de uma partida dividida mas com ascendente do FC Porto na segunda parte, o empate servia melhor ao Benfica, que, assim, sairia líder do clássico. Mas o golo de Herrera em cima do minuto 90 gelou a Luz e deixa o rival em posição privilegiadíssima na luta pelo título a quatro jornadas do fim. Nota também importante. Se conseguirem destronar as águias, os dragões mantêm-se como a única equipa portuguesa a conseguir conquistar cinco títulos consecutivos: entre 1995 e 1999.

 

OUTROS DESTAQUES

Jardel: mais acertado do que Rúben Dias na leitura de jogo. Teve um desempenho quase irrepreensível no plano defensivo, à exceção de um ou outro lance em que Marega explorou o espaço existente entre ele e Grimaldo. Pertenceu a ele o lance de maior frisson das águias na segunda parte: um remate de pé direito na sequência de um canto.

Zivkovic: ativo, mas sem sempre com a clarividência necessária na definição dos lances. Não teve o compromisso defensivo de Pizzi, mas foi mais influente em termos ofensivos.

Rafa: foi poucas vezes solicitado pelos companheiros, mas participou em algumas das jogadas mais perigosas dos encarnados. Misturou alguma atrapalhação com ações de vertigem, nas quais arrancou dois cartões amarelos. Saiu aos 66 minutos para dar lugar a Salvio e a partir daí os dragões estabilizaram defensivamente.

Raúl Jiménez: lutou muito entre os centrais do FC Porto e baixou várias vezes para ajudar a lançar ataques rápidos. A arma secreta que foi, pelo segundo jogo seguido, opção inicial devido à lesão de Jonas, ficou desta vez em branco, mas deixou a pele em campo. Terminou o jogo esgotado e sem beneficiar de uma oportunidade clara.