O futebol brasileiro tem características que o manterá com um forte cunho exportador. Mas há dados novos nos últimos anos, que vale a pena identificar.

Além de vendedores, os clubes brasileiros passaram também a ser compradores.

No Santos, Neymar ainda não rumou à Europa, apesar do assédio de gigantes da Europa, como Barcelona, Manchester United ou Manchester City.

Como? «Graças a um projeto de marketing assumido pelo atual presidente do clube, que viabilizou a continuidade do Neymar até à Copa, ganhando um milhão de reais em salário (perto de 380 mil euros) e um total de três milhões, contando com a publicidade», explica o jornalista Bruno Furtado, do «Super Esportes», em conversa com o Futebol Brasil.

O Corinthians adquiriu Alexandre Pato ao AC Milan, por 15 milhões de euros. O mesmo Pato que, em 2007, tinha saído do Inter de Porto Alegre para o clube italiano.

Riquelme só não foi para o Palmeiras porque a diretoria do Verdão mudou. O Botafogo apostou em Seedorf, o São Paulo tem Luís Fabiano, que já passou pelo F.C. Porto. Forlán, estrela uruguaia que brilhou no Mundial-2010, está no Inter de Porto Alegre. Robinho esteve a um passo de regressar ao Brasil (Santos e Atlético Mineiro chegaram a reunir com Adriano Galliani, dirigente do AC Milan).

Vários exemplos que comprovam essa nova atitude dos clubes brasileiros: não se limitam a querer ganhar dinheiro com vendas. Agora também são compradores.