O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madail, revelou esta quarta-feira que os clubes de futebol não profissional investiram cerca de um milhão de euros em policiamento, valor que deveriam ter recebido do Ministério da Administração Interna (MAI).
«Podemos estimar entre um milhão e 1,3 milhões de euros o que os clubes já desembolsaram, que deveriam vir de uma percentagem da Santa Casa. Mais uma vez, foi-nos demonstrado pelo secretário de Estado que as receitas da Santa Casa diminuíram e que o Ministério não tem capacidade para fazer o pagamento, porque também tem de pagar às forças de ordem», referiu à Lusa Madail, após um encontro com o secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes.
O presidente da FPF refere que esta «é uma percentagem que é distribuída por todo o policiamento, que o Estado paga em todos os espectáculos desportivos, excepto o que é profissionalizado ou privado».
Gilberto Madaíl acrescenta que «essa percentagem, que é de 0,7 por cento, tem chegado apenas para pagar às forças policiais». Ou seja, «não tem chegado para pagar a totalidade daquilo que os clubes gastam». O dirigente declara que desde Dezembro de 2007 que «os clubes, particularmente dos campeonatos distritais, não são reembolsados das verbas que têm dispendido».
Elementos do MAI, das forças de segurança, da federação e das associações de futebol vão formar uma comissão técnica para encontrar uma saída. «Agora temos de esperar pelas eleições para vermos qual será a solução encontrada. Mas, em relação aos problemas do passado, as coisas vão continuar a ficar piores para os nossos clubes, enquanto não se resolver isto», concluiu Madail.