Os clubes de futebol são «veículos perfeitos para a lavagem de dinheiro», refere um relatório do Grupo de Acção Financeira (FAFT-GAFI), divulgado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) e reproduzido pela «Lusa».
O documento indica que nos últimos 20 anos o futebol deixou de ser mera actividade popular para ser uma indústria global com os investimentos e movimentos financeiros a crescerem «exponencialmente». O relatório explica que existem ligações entre clubes e criminosos, porque estes encontraram no futebol um novo sector para lavar dinheiro das actividades ilegais.
A FAFT-GAFI sublinha que essa lavagem passa por investimentos em clubes, por transferências, patrocínios e apostas. Várias são as razões apontadas para a entrada fácil dos criminosos no futebol: a falta de uma gestão profissional, a diversidade de estruturas legais e a interacção entre vários actores, são factores apelativos.
De acordo com o texto, o aumento das verbas envolvidas nos negócios do futebol abriram o apetite aos criminosos, mas também o prestígio social os leva a procurar a modalidade e a entrar em círculos sociais antes inalcançáveis.