O Conselho Nacional Antidopagem (CNAD) emitiu nesta terça-feira um comunicado em que garante que a sua acção obedece ao Plano Nacional Antidopagem e não a «vicissitudes dos resultados desportivos, nem pela opinião ou intervenção dos seus agentes». Embora neste documento não sejam referidos nomes, parece tratar-se de uma resposta ao presidente do F.C. Porto, Pinto da Costa que, no final do jogo com o Moreirense insurgiu-se quanto à inexistência de controlo naquela partida.
«Na sexta-feira passada, como tinha acontecido na semana que antecedeu a nossa deslocação a Alvalade, o CNAD foi ao nosso centro de estágio fazer um controlo surpresa. Esqueceram-se depois de, no final de dois jogos decisivos, efectuarem o controlo antidoping. Isto é brincar com coisas sérias», disse Pinto da Costa ao jornal «O Jogo». Nesta terça-feira o dirigente voltou a falar sobre o mesmo assunto, ironizando com o facto de ter existido controlo durante um jogo do campeonato nacional de bilhar.
No comunicado hoje emitido o CNAD esclarece que são realizadas todas as semanas «várias acções de controlo fora e durante as competições». O CNAD lembra também que o número de controlos efectuados em cada jornada é fixo e que a escolha das equipas é feita por sorteio. Apenas o líder do campeonato e o seu adversário são sempre objecto de controlo.
O CNAD revelou ainda que Benfica e F.C. Porto foram os plantéis mais controlados em competição, num total de 21 vezes. O Boavista foi a terceira equipa mais examinada, por 17 vezes, e o Sporting teve a visita do CNAD por 12 vezes. A equipa com menos controlo em competições foi o Rio Ave (apenas seis).