Luis Manuel Díaz, o pai do ex-portista Luis Díaz (atualmente no Liverpool), foi libertado pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), ao fim de 13 dias de sequestro, e revelou alguns detalhes do cativeiro, após o regresso a casa.

«Não sei porque fui raptado, mas disseram-me sempre para estar tranquilo, porque nada de mal me aconteceria. Sou uma pessoa humilde e querida pelo povo colombiano. Dormir nestes dias foi muito difícil, estive quase 12 dias seguidos acordado. Caminhei muito pelas montanhas, algumas caminhadas de 12 horas, outras vezes de sete ou oito, porque diziam-me que tinha de ir para lugares mais seguros. Apesar de tudo, não fui maltratado, mas não me sentia confortável. Sentia muito a falta da minha família, dos meus amigos», revelou o pai do craque colombiano, que deu uma conferência de imprensa, após regressar à sua casa em Barrancas, La Guajira, na Colômbia, onde foi recebido por familiares e amigos.

«Nos primeiros três dias sofri com a falta de alimentação, mas depois, quando passei para as mãos do ELN, fui tratado de outra forma. Acho que andei perto da fronteira com a Venezuela. Estive muito longe de La Guajira. Sou uma pessoa trabalhadora e simples, não percebo as razões para este caso», acrescentou, garantindo que, apesar da insegurança, não se vai mudar para Inglaterra, para junto do filho Luis Díaz: «Quero continuar aqui, com o meu povo. É aqui que tenho toda a minha família e onde os meus pais estão enterrados. Senti muito respeito do Governo e acredito que me será concedida toda a segurança para continuar a viver em Barrancas. Temos de lutar por uma Colômbia melhor e mais justa.»

Luis Manuel Díaz revelou ainda que, tanto quanto é do seu conhecimento, não foi feito qualquer pagamento para que a sua libertação.