Messi, Messi, Messi: três vezes Messi! Foi esta a receita para o apuramento da Argentina para o Mundial 2018.
Os argentinos deslocaram-se ao Equador na última jornada da fase de qualificação sul-americana e entraram em campo fora da zona de apuramento. Sabiam que só um triunfo dava a possibilidade de estar na Rússia, mas jogavam em Quito onde em cinco tentativas apenas venceram uma e no longínquo ano de 2002.
A altitude de 2 850 metros era também um obstáculo, por isso avizinhava-se um jogo complicadíssimo a valer um passaporte. Sampaoli escalou Salvio e Acuña como titulares e ainda nem estava corrido um minuto e já tudo estava pior do que inicialmente para a Argentina.
Romário Iborra isolou-se após tabela com Ordóñez e na cara de Romero fez o 1-0 para o Equador. O cenário complicado passou a missão quase impossível, mas quem tem Messi na equipa arrisca-se a virar qualquer jogo.
Os argentinos não acusaram o golo e Di Maria ainda antes dos dez minutos criou três lances de perigo. Aos 12m, Messi marcou mesmo. Recebeu de Benedetto, entrou em Di Maria que cruzou rasteiro a pedir a entrada do astro. Ele fez a vontade ao ex-Benfica e igualou na cara de Banguera.
Messi estava decidido a carregar a sua seleção até à Rússia e oito minutos volvidos e operou a cambalhota. Recuperou a bola à entrada da área equatoriana e fuzilou o guarda-redes.
A Argentina estava assim virtualmente apurada e começou a controlar o jogo. Os equatorianos lá iam tentando, mas a Argentina foi sempre mais forte e Di Maria teve nos pés o 3-1, a passe de Messi, mas falhou isolado.
O 1-2 foi o resultado que seguiu para intervalo e agradava aos argentinos. Mas a diferença de um golo era perigosa e Lionel Messi sabia disso. Por isso, aos 62m, tratou de a resolver com um golaço. Dominou no peito, ultrapassou um rival e já dentro de área fez um chapéu a Banguera.
Com este golo, a Argentina sentiu que tinha o passaporte na mão e agarrou-o, não permitindo qualquer susto e acompanhando com tranquilidade o desfecho dos outros jogos, que ditaram o apuramento de Uruguai e Colômbia, com o Peru a ir ao playoff. O Chile perdeu com o já apurado Brasil e foi eliminado, tal como o Paraguai.
