O percurso da tocha antes dos Jogos Olímpicos poderá ter os dias contados. Depois dos protestos ocorridos em Londres e Paris, onde a chama chegou a ser apagada, o Comité Olímpico Internacional (COI) vai agora rever a situação, em relação à actual digressão da tocha e a futuras edições dos Jogos.
O comité executivo do COI vai analisar a questão esta quarta-feira. Gunilla Lindberg, vice-presidente do COI, admite que o percurso da tocha vai ser equacionado. «Estou certa que será discutido. Penso que temos de rever a questão no seu conjunto», prosseguiu Lindberg, contestando os protestos que assinalaram a passagem da tocha pela Europa: «Usar a tocha desta forma é quase um crime. É propriedade do COI, não é a tocha chinesa.»
O responsável pela imprensa do Comité Olímpico, por seu lado, acredita que a actual digressão vai prosseguir. «A minha convicção é que a tocha vai continuar o seu percurso curso», disse o chefe da comissão de imprensa do COI, Kevan Gospar: «Deverá haver ajustamentos, mas penso que será errado tentar fazer algo mais que levar o percurso da tocha até ao seu destino final.»
Os protestos, que têm como pano de fundo a situação do Tibete e a questão dos direitos humanos na China, estão a dividir opiniões um pouco por todo o Mundo, e também no interior do COI.
A China mantém por seu lado a intenção de prosseguir com a digressão da tocha, que tem a próxima paragem prevista para San Francisco, nos Estados Unidos.