Alguns minutos depois da interrupção forçada de uma conferência de imprensa, Joseph Blatter compareceu perante os jornalistas no âmbito do Comité Executivo Extraordinário da FIFA, onde foram aprovadas novas reformas e divulgada a data para as próximas eleições da FIFA.

O ainda presidente do organismo máximo do futebol mundial deixou a garantia de que não vai a votos. «A 26 de fevereiro a FIFA vai ter um novo presidente», disse. Perante a insistência dos jornalistas, Blatter não deu margem para mais especulação: «Já me perguntaram isso. Não vou ser candidato às eleições em 2016. Não posso ser o novo presidente porque sou o velho presidente», disse.

Na conferência de imprensa, Blatter não se alongou muito sobre questões relativas ao escândalo de corrupção que está a afetar o organismo e que já levou à detenção de altas esferas da FIFA. Ainda assim, afirmou que não é possível ter controlo sobre todos: «A FIFA não pode ser responsabilizada por 209 federações. Não posso ser responsável por 300 milhões de pessoas.»

Joseph Blatter, que lidera os destinos da organização desde 1998, disse ainda que a FIFA foi alvo de um ataque político. «[Essa pressão] Não veio só das autoridades. Era pressão da interferência política.», disse antes de deixar a garantia de que continuar focado no trabalho até ao final do mandato. «Defender a FIFA é a minha missão. O meu dever.»

No comité foi aprovada uma nova regra de limitação de mandatos: três de quatro anos cada.