José Mourinho não hesitou quando o presidente do Benfica, Vale e Azevedo, o convidou para ser treinador. «É com grande honra e orgulho que estou neste clube e não julguem que são palavras de circunstância, é bem mais do que isso», disse nas primeiras palavras na sala de imprensa da Luz.
O jovem treinador português agradeceu o convite das pessoas que estavam em condições de o fazer e prometeu «trabalhar todos os dias no máximo para corresponder aos que acreditaram» nas suas capacidades. Depois trocou o eu pelo nós e falou da equipa que terá ao seu lado. «Não acredito em adjuntos, mas sim em treinadores
com ideias próprias e é isso que espero das pessoas que terei comigo no Benfica».
O seu colaborador directo será Carlos Mozer. «Foi o único nome a merecer concordância absoluta, o único nome de que falámos». Angel Vilda e Walter Junghans continuam na equipa técnica.
Quando alguém quis saber o que pensava da equipa que vai passar a dirigir já amanhã, Mourinho demonstrou ter ideias seguras sobre o assunto. «Estou em Portugal como observador desde o início da época e já vi jogar diversas equipas, entre elas o Benfica, que rapidamente me habituei a respeitar».
No entender de Mourinho, «jogando bem ou jogando mal», o grupo é formado por «profissionais ambiciosos». Até por isso, para já ninguém pensa em mais jogadores. «As inscrições estão fechadas, mas se não estivessem agiria da mesma forma, pois confio no potencial desta gente».
Mourinho sabe que tem pela frente, no imediato, «três jogos e apenas dois dias para trabalhar». Até por isso, nada melhor que começar em força: amanhã, quinta-feira, o Benfica treina de manhã e de tarde.
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