Michael Krohn-Dehli é o homem do momento na Dinamarca. Não só pelo golo marcado à Holanda, mas também por ser quase unanimemente considerado o viking em melhor forma no Euro2012. Portugal que se acautele.

O próprio Nani, questionado sobre os principais jogadores do próximo adversário, nomeou Bendtner e «o número nove». Sim, para o internacional português o nome do extremo dinamarquês é impronunciável. Para ele e para muitos, talvez.

Ora, na Polónia gerou-se nos últimos dias uma onda enigmática sobre Krohn-Deli. O Maisfutebol gosta de decifrar enigmas e, por isso, foi conhecer um pouco mais deste autêntico perigo público.

Além de confirmar todos os atributos desportivos - já lá vamos -, descobrimos que o dinamarquês tem um hábito peculiar. «Antes dos jogos o Michael bebe sempre três garrafas de litro e meio de água. É um vício».

A revelação é-nos feita por Bernardo Vasconcelos, jogador do Alki Larnaca e ex-colega de equipa de Krohn-Dehli [vá lá, não é assim tão difícil dizer] nos holandeses do RKC Waalwijk. «Ele estava lá emprestado pelo Ajax e dizia-nos que lhe tinham dado esse conselho. Não sei se estava relacionado com algum problema de saúde».

«Em velocidade passa sempre: não o deixem virar»

Ora, o Ajax é precisamente a página mais negra na carreira de Krohn-Dehli. Em Amesterdão, o avançado nunca se impôs e foi obrigado a voltar ao Brondby, onde começara, em 2008. Agora, aos 29 anos, mantém as características de sempre: «rapidez e técnica».

«Dou um conselho a quem o marcar: não o deixem receber a bola e virar-se de frente. Tem um pique incrível e em velocidade passa sempre», explica Bernardo Vasconcelos.

Krohn-Dehli, de facto, não corresponde ao estereótipo do jogador dinamarquês. Está longe de ser alto [1,70 m] e tosco. Muito pelo contrário. A única característica lógica no seu sangue nórdico é a fleuma.

«É extremamente calmo fora do campo, até algo envergonhado. Falava pouco, mas era um excelente rapaz. Tínhamos uma excelente relação, de resto».

De excluído a indispensável

A Seleção Nacional sabe bem que Michael Krohn-Dehli é um demónio. Na fase de qualificação para este Europeu, o extremo fez um dos golos da Dinamarca no jogo de Copenhaga, perdido 2-1 por Portugal.

Curiosamente, Morten Olsen não o levou ao Mundial-2010. Arrependeu-se publicamente, semanas depois. Agora é um dos indispensáveis da Dinamarca.

A dica para o parar, além da outra dada por Bernardo Vasconcelos, aparenta ser simples: alguém lhe roube as garrafas de água antes do jogo.

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