A FC Porto SAD apresentou, esta quarta-feira, à CMVM o relatório e contas referente ao primeiro semestre de 2017/18. No relatório há duas conclusões que saltam à vista: o resultado líquido negativo de quase 24 milhões (23.926 milhões de euros), uma melhoria de 5.653 mil euros em relação ao período homólogo, e o facto de o passivo total ter baixado cerca de 7,280 milhões de euros, passando agora a ser de 380,2 milhões de euros.

Os resultados operacionais, excluindo proveitos com passes de jogadores, melhoraram cerca de um milhão de euros, pelo aumento de rendimentos, apesar de as receitas obtidas pela participação do clube nas provas da UEFA terem diminuído.

Apesar dos custos operacionais, uma vez mais excluindo custos com passes de jogadores, terem aumentado 2.089 milhões de euros, os vencimentos atribuídos a atletas e técnicos diminuíram quase três milhões de euros.

Recorde-se que, ao abrigo do acordo estabelecido com a UEFA para cumprimento do «fair play financeiro», o FC Porto não pode ter um prejuízo superior a 20 milhões de euros em 2017/18 (na época passada não podia exceder os 30 milhões e em 2018/19 não pode ultrapassar os 10 milhões).

Importa esclarecer, contudo, que nesta avaliação a UEFA não inclui parâmetros como custos com a formação, amortizações (excluindo de passes de jogadores) e impostos sobre o rendimento, entre outros, pelo que as contas portistas estarão dentro das linhas exigidas pelo organismo europeu.

Em todo o caso o Relatório & Contas reconhece que «perspetiva-se ainda a necessidade de efetuar um valor considerável de mais-valias de transferências para que a sociedade consiga atingir um resultado positivo no final da época». 

E para que essas transferências seja contempladas neste exercício, têm de ser consumadas até 30 de junho de 2018.

O acordo com a UEFA obriga ainda a que os custos com pessoal não tenham um peso superior a 60 por cento relativamente aos proveitos operacionais. 

Neste Relatório & Contas o montante referente a custos com pessoal é de 38,054 milhões, sendo que as renumerações com atletas e treinadores correspondem a 26,4 milhões. 

Os proveitos operacionais (excluindo alienação de passes) foram de 61,860 milhões de euros.

[artigo atualizado às 12h28 de 1 de março]