O Relatório & Contas da SAD do FC Porto, relativo ao primeiro semestre do exercício 2017/18, apresenta em detalhe os empréstimos classificados no passivo, a 31 de dezembro de 2017.

A principal novidade diz respeito a uma nova emissão de papel comercial junto do Banco Carregosa, no passado mês de dezembro, no valor de cinco milhões de euros. Para esta operação financeira foi dada como garantia a hipoteca do Estádio do Dragão e os passes de Danilo, Felipe, Marega e Ricardo Pereira.

A prestação (única) vence a 19 de setembro de 2018.

De referir que, em agosto, o FC Porto já tinha avançado com uma emissão de papel comercial junto do Banco Carregosa, no valor de sete milhões de euros. Esta operação, que tinha como prazo o passado dia 15 de fevereiro, já contemplava a hipoteca do Estádio do Dragão e os passes de Danilo e Felipe, assim como os valores a receber pela transferência de André Silva para o Milan.

O Relatório & Contas revela ainda que a SAD portista antecipou o encaixe da venda de Rúben Neves ao Wolverhampton, através da empresa XXIII Capital, numa operação financeira levada a cabo em agosto. Os dragões têm até 31 de dezembro de 2018 para pagar uma primeira prestação de 4,975 milhões de euros, e depois até ao último dia de 2019 para pagar uma segunda prestação de 5,970 milhões de euros. 

Tal como já tinha sido relevado no Relatório & Contas de 2016/17, Rúben Neves foi vendido por 16 milhões e gerou uma mais-valia de 12,5 milhões.

O FC Porto antecipou também a receita da venda de André Silva ao Milan, através do banco Internationales Bankhaus Bodensee (IBB). A operação implica duas prestações de seis milhões de euros, a vencer a 30 de julho de 2018 e a 30 de janeiro de 2019.

Os dragões adiantaram também o encaixe de verbas a receber da UEFA, através da mesma entidade bancária, em três operações que correspondem a um valor total de 7,3 milhões de euros.

No passado mês de janeiro venceu uma prestação de seis milhões a pagar ao Novo Banco, relativa a um crédito de direitos de transmissão televisiva.

O relatório contempla ainda outras operações de «factoring» relativas a créditos do acordo com a Altice, três delas ainda em vigor, mas abertas antes do início do exercício em vigor.

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