O FC Porto pagou cerca de 12 milhões de euros para ficar com a totalidade do passe de Vincent Aboubakar, num processo que implicou a renovação de contrato com o avançado camaronês, até 2021.

Em outubro a SAD portista já tinha comunicado à CMVM a compra dos restantes 60 por cento do passe que ainda estavam na posse do Lorient, o antigo clube do jogador, por 7,2 milhões de euros.

Mas no Relatório & Contas apresentado nesta quarta-feira, relativo ao primeiro semestre do exercício 2017/18, os dragões comunicam também uma verba de 5,1 milhões de euros em "encargos adicionais" nesta operação.

Quer isto dizer que esta operação teve um custo global de 12,3 milhões de euros, a juntar aos 4,3 milhões de euros investidos anteriormente (3 milhões por 30% do passe, na altura da transferência, e depois mais 1,3 milhões por 10 por cento).

O Relatório & Contas revela ainda que a compra de mais 15 por cento do passe de Otávio, à GE Assessoria, por 2,143 milhões de euros, ainda que nos "encargos adicionais" apareça uma dedução de 42 mil euros, que fixa os gastos com a operação nos 2,1 milhões.

O FC Porto tinha assim 67,5% do passe do brasileiro, no final do primeiro semestre deste exercício.

O documento enviado pelos dragões à CMVM detalha ainda que Vaná, guarda-redes recrutado ao Feirense no início da época, mas que ainda não foi utilizado por Sérgio Conceição, justificou um investimento de um milhão de euros, por 80 por cento do passe.

Aqui também há um montante a deduzir, de 16 mil euros, fixando o negócio nos 984 mil euros.

Relativamente a saídas, Bruno Martins Indi gerou uma mais-valia de 5,3 milhões de euros, tendo em conta que aos 7,7 milhões desembolsados pelo Stoke City são descontados 2,4 milhões de euros de atualização financeira e gastos com mecanismo de solidariedade.

Os dragões salvaguardaram ainda o direito a 20 por cento da mais-valia de uma futura venda.