Sem Suárez, mas com Messi e Neymar, quase poderíamos arriscar dizer que a figura da Copa América 2015 será um dos craques que ajudaram o Barcelona a alcançar o segundo «triplete» da sua história. No entanto, entre doze seleções e tantas, tantas estrelas, a probabilidade de que as figuras sejam outras é, de facto, elevada.

Calendário da Copa América

Para começar, no Grupo A, temos um forte candidato a estrela maior da competição, ainda mais tendo a motivação de jogar em casa: Alexis Sánchez. O avançado chileno do Arsenal vem de uma temporada de estreia em Inglaterra absolutamente soberba e é claramente o líder espiritual de uma seleção que promete bastante. Rápido, intenso, tecnicista e com grandes qualidades ao nível do remate, Alexis promete ser uma das figuras do Chile nesta Copa América, juntamente com o versátil Arturo Vidal ou o consistente Charles Áranguiz.


Alexis Sanchez

No mesmo grupo, deparamo-nos com uma das seleções mais interessantes para lá das principais candidatas ao título, o Equador. A formação orientada por Gustavo Quinteros apresenta no Chile vários jogadores candidatos a mostrarem-se em grande nível nesta prova. Miller Bolaños é, definitivamente, um deles. O avançado de 25 anos ainda está no Emelec equatoriano mas poderá dar o salto na sequência desta Copa América. Rápido, móvel e com grande capacidade de finalização, estará acompanhado por outros dois craques: Jefferson Montero e Enner Valencia. Montero é um extremo rápido, de boa técnica e muito forte no um-para-um. Já Valencia, que foi uma das revelações do último Mundial, é um avançado rápido e pujante, cuja capacidade de remate no último terço o torna tremendamente útil.

O essencial sobre a competição

Ainda neste primeiro grupo, há que destacar um dos elementos mais promissores da equipa mexicana, o extremo/médio-ofensivo Jesús Corona (Twente). Veloz, versátil, dinâmico e com boa capacidade de disparo, é talvez o jogador que mais sobressai do ponto de vista técnico e individual nesta espécie de México versão B.


Di María

Na Argentina, para além do astro Messi, há dois nomes que se candidatam a ser potenciais figuras desta seleção durante a Copa América: Ángel Di María e Sergio Aguero. Rivais em Manchester, chegam a esta prova na sequência de duas épocas muito distintas: enquanto Di María não se conseguiu afirmar em Old Trafford, Aguero foi um dos melhores do City na Premier League. No âmbito da seleção, a velocidade e inteligência de Di María e o faro de golo e rasgo de Aguero revelam-se sempre importantes, seja qual for o selecionador.


Cavani

Em teoria, o Uruguai será o adversário mais complicado que a Argentina terá pela frente no Grupo B. Sem poder contar com Luis Suárez, numa forma excecional, a equipa «charrúa» depositará boa parte das esperanças na capacidade de finalização e na fineza de movimentos de Edinson Cavani. Um avançado móvel, que pode jogar a toda a largura do ataque e que sabe encontrar o melhor espaço para rematar. Tem tudo para ser um dos melhores marcadores desta competição.


Coutinho

Depois, no Grupo C, encontramos mais alguns candidatos a estrelas maiores desta competição. No Brasil, além do badalado campeão europeu Neymar, aparece, finalmente, Phillipe Coutinho numa convocatória para uma grande prova. Talentoso, dinâmico e com um pé direito magistral (embora também saiba dar o melhor uso à canhota), tem tudo para ser um dos maiores agitadores de jogo brasileiros. Junto a ele e a Neymar, estarão outros predestinados como Willian, Roberto Firmino ou Douglas Costa, o que faz querer que o «defensivo» Brasil de Dunga pode proporcionar momentos notáveis de futebol de ataque.

A grande rival do Brasil no grupo, à partida, será a seleção colombiana. Dotada de uma das gerações mais talentosas de sempre, aparece nesta Copa América com um conjunto recheado de estrelas, de entre as quais destacaria duas que vêm de uma temporada de grande nível nos seus clubes: James Rodríguez e Carlos Bacca.


James Rodríguez

O «10» da Colômbia é um esquerdino de elite, daqueles que não é fácil encontrar todos os dias. Prodigioso do ponto de vista técnico, rápido e inteligente, sabe encontrar ótimas linhas de passe e remate sempre com grande qualidade. Quanto a Bacca, é um avançado móvel e muito eficaz em frente à baliza contrária, atirando com os dois pés e de cabeça sem grandes problemas. O ano passado chegou ao Brasil como figura do Sevilha na Liga Europa, estatuto que volta a carregar este ano, embora numa competição distinta.

Estes são alguns dos principais candidatos a figurarem na lista dos melhores do torneio, mas naturalmente que outras surpresas poderão aparecer. Uma coisa é certa: talento e qualidade não faltarão a uma prova desta categoria!

P.S.: Não esquecer que há também craques mais novos para seguir. Desde o reforço benfiquista Murillo até ao jovem boliviano Gamarra, passando por nomes como Ángelo Henríquez, Cardona, Fabinho, de Arrascaeta, Giménez ou Derlis González.