Lionel Messi considera que a Argentina chega num momento «espetacular» à final da Copa América do Centenário e admitiu que voltar a perder com o Chile, como aconteceu na última edição, seria uma «grande deceção».

«Não sei se seria um fracasso, mas seria uma grande deceção, porque é a terceira final consecutiva (Mundial de 2014 e Copa América de 2015) que jogamos», disse o capitão’ da seleção albi-celeste, em conferência de imprensa, em New Jersey, local da final que está marcada para domingo.

Messi considera que, agora, a Argentina é muito mais forte do que quando, há um ano, perdeu a final da Copa América para o então anfitrião Chile, vencedor por 4-1 no desempate por penáltis, após 120 minutos sem golos. «Durante este ano, crescemos muitíssimo como equipa. O grupo consolidou-se e tornou-se mais forte. As coisas negativas uniram-nos mais e chegamos à final em condições muito boas», disse o «10» argentino.

A grande estrela da seleção argentina assegurou ainda que não existe pressão acrescida pelas finais perdidas, com a equipa que capitaneia a ver nesta final «uma nova oportunidade para consagrar-se e conseguir uma vitória tão desejada». «Estamos habituados a jogar finais. Lamentavelmente, não as conseguimos ganhar, mas não temos pressão», garantiu Messi, que soma cinco golos e quatro assistências na Copa América do Centenário, em 254 minutos.

Messi rejeita, porém, quaisquer facilidades na final, elogiando o adversário de domingo no Metlife Stadium, em New Jersey. «É uma seleção que pressiona bem, que não deixa jogar e que, quando tem a bola, joga muito bem. Sai a jogar desde trás e, do meio campo para a frente, tem jogadores importantes», disse Messi, destacando Arturo Vidal, Alexis Sánchez e Eduardo Vargas, o melhor marcador da prova, com seis golos.

O jogador do Barcelona abordou também as críticas que fez à federação argentina (AFA) pela demora no voo que transportou a equipa de Houston para New Jersey, aproveitando para deixar novos recados. «Há muito tempo que se passam coisas e nós nunca dissemos nada. Pensamos em jogar, render e conseguir os objetivos a que nos propomos, mas a Argentina é uma potência mundial e necessita do melhor por parte dos dirigentes», disse.

Messi garantiu ainda que, neste capítulo, as exigências não são muito grandes. «Não pedimos grande coisa, apenas o mínimo de viagens, repouso e preparar bem os jogos», concluiu, garantindo que estes problemas não afetam a equipa.