A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou esta segunda-feira que a DGS publicou uma informação sobre o uso de máscaras, em que é dito que as máscaras sociais, de algodão por exemplo, podem ser usadas pela população em geral.

Marta Temido começou por explicar que há três tipos de máscaras, sendo que os respiradores FFP2 e 3 são para uso dos profissionais de saúde, depois existem as máscaras cirúrgicas que devem ser usadas pelos profissionais de saúde e pessoas doentes ou cuidadores e, por último, as máscaras não cirúrgicas ou máscaras sociais.

«São diferentes das anteriores. Podem ser de diferentes materiais, como algodão» e são destinadas à população em geral e não ao uso por profissionais de saúde ou pessoas doentes», disse a ministra, alertando para o facto de não serem dispositivos certificados.

«De acordo com o princípio básico da precaução em saúde pública e face à ausência de efeitos adversos associados ao uso de máscara, pode ser considerada a sua utilização por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com um elevado número de pessoas (supermercados, farmácias, lojas, transportes públicos, etc)», explicou Marta Temido, frisando que «a utilização deste tipo de equipamento deve ser meticulosamente realizada».

«Esta é uma medida adicional, suplementar, complementar às medidas anteriormente recomendadas de lavagem das mãos, etiqueta respiratória e de manutenção da distância social e barreiras físicas», avisou ainda a governante.

Marta Temido avisou que o objetivo da recomendação das máscaras sociais, que surge após recomendação do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, é que não faltem máscaras cirúrgicas a quem realmente precisa delas.

«Temos resultados encorajadores» no combate à pandemia, avalia Marta Temido. «Não queremos perder os resultados adquiridos e temos de ponderar os passos que damos», frisou a responsável, falando depois sobre os ventiladores que ainda não chegaram e sobre as capacidades de camas em internamento.

«Há menos doentes internados em cuidados intensivos, o que é encorajador, mas não podemos ficar completamente tranquilos. Continuamos a apostar nas encomendas que fizemos em termos de materiais, como ventiladores. Sabemos que esta doença vai permanecer connosco até haver um tratamento ou uma vacina. Precisamos de retomar a atividade de resposta a outras patologias.»

A ministra disse ainda que foram feitos em Portugal 179 mil testes diagnóstico desde 1 de março. «Entre 1 e 31 de março realizaram-se cerca de 45% destes testes e entre 1 a 12 de abril cerca de 55% destes. Já realizamos mais testes no mês de abril até agora do que em março», frisa Marta Temido.

A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, fez uma análise da situação da doença em Portugal até agora e da resposta do Serviço Nacional de Saúde. «Os dados que temos indicam que, de facto, ainda não foi atingido o máximo do nosso potencial. Temos tido crescimento do número de casos confirmados não muito acentuado, mas não podemos ficar descansados», apontou, frisando: «Ainda não houve necessidade de expandir a capacidade.»