Bruno Cortez é uma grande personagem. O lateral-esquerdo que o Benfica foi buscar ao São Paulo - o negócio aguarda confirmação com o jogador já em Lisboa - é reconhecido imediatamente pelo cabelo, um pouco ao género de David Luiz. Como jogador, destaca-se pela capacidade ofensiva, mas fora de campo Cortez também histórias para contar.

Desde logo, a do casamento. Em junho de 2011, o lateral uniu-se a Juliana. O «acordo» foi selado num cartório no Rio de Janeiro. Até aqui, tudo normal. Mas e a festa? Numa quinta, num hotel? Nada disso. Cortez preferiu um restaurante de fast-food.

«Foi tudo bacana, no esquema 0800 (ligação telefónica gratuita). Teve esfiha, bolinho de bacalhau e todas essas coisas que o pessoal gosta», dizia Cortez à reportagem da Globoesporte.

«Foi uma festa inacreditável. O sucesso eu agradeço, mas sempre peço humildade. Sou assim, sempre fui. Gostei muito de comemorar no Habibs. Foi bem melhor do que alugar um casarão na Barra. Foi especial e todo mundo adorou», garantiu.

De resto, Cortez garante que é «do povão». Só não se sabe se pode continuar a fazer o mesmo que fazia no Rio de Janeiro, quando era futebolista do Botafogo. «Ando de comboio, de autocarro, descalço. A cada dia que passa, pego de exemplo para me manter humilde e perto das minhas origens», afirmou.

Ora, andar de carro é uma coisa a que Cortez não está mesmo habituado. Até porque comprou a primeira viatura apenas com 24 anos. O defesa tem 26 e a julgar pelo vídeo abaixo, deseja-se que já tenha aprendido mais qualquer coisa ao volante.

Já o cabelo foi ideia de um amigo, chamado Ademar Ximbica. Agora, é tratado pela mulher. «Ela trata o meu cabelo todos os dias. Demora mais de uma hora mesmo, porque tem de se desembaraçar, mas o fio vai enrolando quando cresce», confessou Cortez ao «Rede Bom Dia».

A história de Cortez foi, como muitos futebolistas no Brasil, de superação de sacrifícios. O pai já tinha falecido quando a mãe morreu, tinha o lateral nove anos. Cortez foi acolhido por vizinhos e familiares próximos. Como se percebe na reportagem do programa Esporte Espetacular, o defesa passou diretamente de uma escolinha para o Al-Shahaniya, do Qatar. «Não foi juvenil, nem júnior», refere o repórter.

Chegou à seleção brasileira em 2011 e, em 2013, vai tornar-se lateral-esquerdo do Benfica.

Veja a reportagem do Esporte Espetacular: