O antigo seleccionador da Costa do Marfim, Vahid Halilhodzic, lança o alerta. O grupo não é uma equipa mas um conjunto de jogadores, na opinião do técnico, o que dificultará em muito a missão do seu sucessor, o sueco Sven-Goran Eriksson.

«Eu diria que a equipa tem grandes jogadores, mas não é uma grande equipa. Alguns jogadores nem querem jogar juntos. O meu trabalho foi passar por cima disso, para assegurar que tudo corresse pelo melhor», revelou o treinador, em declarações ao jornal marfinês «Le Patriote».

Halilhodzic deixou o comando da Costa do Marfim depois da eliminação precoce na última Taça das Nações Africanas, onde a equipa caiu às mãos da Argélia. Uma derrota que o técnico entende até ter vindo por uma boa causa. «Veio pôr a nu as fracturas internas que a equipa tinha», destaca.

Assim, os adversaries de Portugal no próximo Mundial, terão ainda um longo caminho a percorrer, a crer nas palavras do treinador. Halilhodzic não crê numa solução para o problema. «Eu tinha três ou quatro meses para curar a ferida entre os jogadores e era possível. Um novo treinador não o vai conseguir, porque só tem 20 dias para preparar o Mundial», recordou, aludindo ao período de estágio de preparação.