Os três candidatos à presidência do Sporting responderam a cinco questões colocadas pelo Maisfutebol. Aqui, as respostas de José Couceiro.
Pensa baixar os objetivos desportivos, admitindo não lutar pelo título, para concentrar o clube na recuperação financeira e reestruturação desportiva?
Temos dito, ao longo da campanha, que o nosso lema é «Falar Verdade - Todos pelo Sporting». O Sporting hoje está numa grave situação económico-financeira, decorrente, acima de tudo, de uma má gestão desportiva. Nos últimos dois anos, contrataram-se novos jogadores e isso não se traduziu em resultados desportivos que os sportinguistas desejavam. Penso que, agora, o importante será recuperar a credibilidade do clube e não fazermos promessas vãs. Acredito que o Sporting poderá disputar o título, mas não será agora essa a prioridade para os próximos dois ou três anos. Queremos criar uma equipa sustentável que possa ganhar.
O Sporting precisa de 25 a 40 milhões de euros até ao final da temporada. Como pretende garantir o financiamento a curto prazo?
Esse financiamento a curto prazo terá que ser, obrigatoriamente, obtido junto dos nossos principais credores. É impensável considerar-se que o Sporting, para o financiamento a curto prazo, não tenha que recorrer à banca. Já o disse enquanto candidato e a mesma opinião é, aliás, partilhada pelos restantes. Coisa diferente será o passivo da SAD, que terá que ser resolvido com uma reestruturação. Mas, neste cenário, qualquer hipótese que venha a ser colocada e que diga respeito ao futuro do Sporting terá que ser decidida com a palavra dos sócios.
Admite vender a maioria da SAD? Nesta perspetiva, admite perder o controlo sobre o futebol?
São duas coisas distintas. Há clubes, que não têm a maioria da SAD, e não é por isso que perdem o controlo do futebol. Eu acho que todos os cenários são possíveis neste momento, mas, como disse anteriormente, terá que ser algo em que os sócios terão que ter uma palavra final.
Jesualdo Ferreira faz parte do projeto para a temporada 2013/14? Em que funções?
Tenho dito ao longo da campanha que não falei, até agora, com Jesualdo Ferreira. Deliberadamente. A equipa precisa de estabilidade e o seu treinador também. Sei bem o que são as convulsões eleitorais. Há dois anos passei por isso, a ver nomes de treinadores nos jornais. Assim que for eleito presidente irei falar com Jesualdo Ferreira. Conto com ele e temos uma relação já muito antiga.
Rui Patrício pode sair por um valor abaixo da cláusula de rescisão?
Rui Patrício é o único elemento - para além de Cédric - que se mantém na equipa desde de há dois anos para cá. É um referencial para o Sporting e um «filho» da Academia. Encarna o espírito do Sporting. Tenho que perceber que compromissos existem.
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