José Couceiro, candidato da lista C às eleições do Sporting, revelou que recusou uma proposta da lista de Carlos Severino para desistir a seu favor sob determinadas condições. O candidato criticou ainda a venda de Wolfswinkel na véspera do ato eleitoral.

«As diferenças entre as listas são visíveis e hoje percebemos como as eleições decorreram. A capa caiu. Já não tínhamos dúvidas sobre isso. A imprensa foi clara na mensagem que passou. Antes do último debate já sabíamos. Não aceitámos que houvesse uma desistência com condições a nosso favor. O Sporting não é uma agência de empregos. Os sócios devem votar em consciência. Fazer associações de última hora com condições não aceitamos», atirou.

José Couceiro falou aos jornalista depois de votar e recusou a ideia de que é o candidato da continuidade. «Quando não há argumentos, tenta-se colar um rótulo às pessoas. Marcamos uma forte diferença em relação ao passado», referiu antes de se manifestar satisfeito pela forma como o ato eleitoral está a decorrer. «Está a decorrer, com normalidade, mas com grande afluência, o que demonstra bem a vitalidade do Sporting. É importante darmos esta manifestação de força ao país. Após o ato eleitoral, um novo ciclo vai começar. Todos temos consciência de que após as eleições todas as listas devem unir-se para podermos devolver o Sporting ao nível a que pretendemos», referiu.

O candidato à presidência criticou ainda o último ato de gestão da direção presidida por Godinho Lopes que passou pela venda de Wolfswinkel. «Por dois dias podia-se ter tido uma decisão diferente e esperar pelo ato eleitoral. O futuro presidente do Sporting devia ter uma palavra a dizer sobre um jogador que penso que tem uma importância para a equipa. Todos temos consciência dos problemas financeiros do Sporting, mas a um dia das eleições, podia-se ter esperado e ter uma conversa muito mais serena em relação a isso», destacou.