José Couceiro admite que foi convidado para regressar ao Sporting por Godinho Lopes, depois das saídas de Sá Pinto, Luís Duque e Carlos Freitas. No entanto, e ao contrário do que chegou a circular, o antigo treinador de F.C. Porto, Sporting e Lokomotiv garante que não disse que não.
«Nunca disse que não, nem que sim. O que eu disse foi que aceitaria num determinado conjunto de condições: se fossem aceites, diria sim, se não fossem aceites, diria não. Neste momento o Sporting está dependente do treinador e da equipa profissional. E o Sporting não é só isso. Goste-se ou não.»
José Couceiro falou em exclusivo à Bola e garantiu que só vê uma alternativa para o Sporting: «Nesta altura, só há uma solução, que passa por uma concentração de poderes absoluta, um manager. Tenho muito respeito pelo futebol profissional, mas hoje põe em causa a própria Direção.»
Ora por isso Couceiro diz ter a perfeita noção que se fosse para o Sporting, seria como um bombeiro para apagar um fogo. «Se tivesse sucesso, era um herói, se não tivesse, morria». «Assumiria o risco com determinadas condições e poderes. Caso contrário não faria sentido.»
Por isso entende-se que Godinho Lopes não quis dar esses poderes a José Couceiro, pelo que o antigo treinador não aceitou regressar ao Sporting, fosse para um cargo diretivo ou técnico. O risco hoje está todo transferido para o Vercauteren e para o presidente», acrescentou José Couceiro.
O técnico disse ainda que o problema do Sporting está na instabilidade diretiva, que proporcionou «quatro ou cinco presidentes» em dez anos. Por fim, criticou o despedimento de Sá Pinto. «Se o Sporting pensa que ele tem potencial para treinador, tem obrigação de o proteger e fazer crescer.»