A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, falou esta quarta-feira sobre o caso de Rafael Defendi, guardião do Famalicão que não defrontou na terça-feira o Gil Vicente por ter tido um teste positivo à covid-19.

No início de maio, o guarda-redes foi um dos atletas do Famalicão a contrair covid-19. A meio do mês, testou novamente positivo. Porém, desde então, teve testes negativos e foi por isso que defrontou o FC Porto na 25.ª jornada, a 3 de junho. O teste de segunda-feira foi inconclusivo, por isso, realizou novo teste na terça-feira, que acusou positivo.

Inicialmente a DGS deu indicação de que Rafael Defendi poderia jogar, dizendo depois que afinal não.

Graça Freitas foi questionada sobre o assunto e afirmou: «Tudo indica que ele não estará infecioso, ao que se sabe hoje. Mas há algum grau de incerteza.» 

«Nós pensamos que estas pessoas que já tiveram a doença, que depois tiveram testes negativos, que tiveram alta, não transmitirão [a doença], mas o certo é que no último teste de facto estava positivo», explicou a responsável, dizendo foi preciso «ponderar muito».

«Depois de uma primeira tendência para deixar o jogador jogar, ainda por cima porque é guarda-redes, tanto quanto sei, pelo principio da precaução preferimos que um positivo não jogue», adiantou, explicando que foram consultadas «as autoridades de saúde regional e local e um dos médicos que acompanha a Liga.»

«Quando há incerteza científica é preferível agir com toda a cautela», disse Graça Freitas, apontando que estava «outra equipa implicada».

«Provavelmente serão só partículas virais, mas, na dúvida, agimos pelo principio da precaução», frisou dizendo que «o risco [de contágio] será baixo, mas não há uma evidência robusta que nos permita dizer que não existia».

A diretora-geral da Saúde disse que «os outros jogadores de ambas as equipas vão continuar a seguir o seu plano de testes estabelecido».