O futebolista português Cristiano Ronaldo diz que vai acabar a carreira em «breve», mas deixa todas as dúvidas no ar em tom de brincadeira.

«Em breve, quero dizer, mais dez anos», afirmou, esta sexta-feira, na cerimónia dos Globe Soccer Awards, no Dubai, onde recebeu os prémios de melhor jogador do Médio Oriente, o prémio Maradona e ainda o prémio de jogador preferido dos adeptos em 2023.

«Não sei, vivo dia a dia. Algumas questões que tive pessoal e profissionalmente, fizeram-me sentir e fizeram-me pensar de forma diferente. Penso no presente e no momento e o momento é bom, ainda estou capaz de fazer golos, de ajudar a equipa, a seleção nacional também. Por isso, vou continuar. O momento em que acabar, não sei, para ser honesto, mas claro que vai ser em breve. Em breve, quero dizer, mais dez anos (risos). Estou a brincar. Não sei, vamos ver», referiu Ronaldo, ao lado de Rúben Dias e Kyle Walker, em palco.

Mais tarde, também em palco, após receber o prémio de jogador preferido dos adeptos, deixou mais algumas palavras. «Para mim, a coisa mais importante no futebol é deixar os adeptos felizes. São eles que vão aos estádios para ver golos, bons jogos e se votaram é porque têm paixão pelo futebol. Para mim, é um prémio especial, porque muitas vezes não se fala dos adeptos, mas sim dos estádios sem adeptos. Há três anos, com a covid, jogámos com estádios vazios e se perguntarem aos jogadores, eles não gostam. Sem vós, o futebol não é nada, obrigado por votarem. Continuem a apoiar o futebol, o Al Nassr e Cristiano Ronaldo», disse, antes de um «siuuu» baixinho.

No seu discurso, Ronaldo defendeu ainda que «a liga saudita não é pior do que a liga francesa» neste momento, ao abordar o nível atual do campeonato na Arábia Saudita, mostrando-se ainda «orgulhoso», em tom de elogio, por bater «jovens leões» como Haaland, em alusão a ter sido o melhor marcador de 2023. O norueguês foi distinguido, no Dubai, como o melhor jogador do ano.