Johan Cruyff está rendido ao Barcelona de Pep Guardiola depois da vitória sobre o Santos na final do Mundial de Clubes e considera que o treinador vai continuar à frente da equipa «enquanto houver felicidade». O antigo treinador refere-se ainda à vitória de Yokohama com «um dia histórico».

«Pela primeira vez alguém deu um banho aos brasileiros», destacou em declarações à televisão autonómica catalã, recordando que o Barça, antes do Santos, já tinha jogado com três defesas nos jogos com o Milan e Real Madrid. «Jogar com três defesas depende da qualidade futebolística para o fazer e também da coragem para o planear. Sem Pep [Guardiola], seria difícil jogar assim», referiu.

Além do treinador, o Barça terá de continuar a contar com jogadores «que queiram sacrificar-se pela equipa» e que «tenham uma boa mentalidade» porque, para Cruyff, é essencial manter esta relação entre os jogadores. «Juntam qualidade, ritmo de jogo e pressão. É um plantel curto, mas tem muita qualidade e é importante que todos os jogadores tenham o seu momento para jogar», destacou.

O antigo internacional holandês fez ainda uma comparação entre José Mourinho e Pep Guardiola, considerando que o português «é um treinador atípico que procura a sua glória como treinador», o contrário do catalão. «O Pep dá toda a sua glória aos jogadores. Essa é a diferença, é uma questão de atitude», referiu, recordando que Mourinho «só tem experiência como treinador, não como jogador».

Quanto a Cristiano Ronaldo, Cruyff considera que não tinha lugar na equipa catalã. «O Barça joga um futebol diferente e o Cristiano quer sempre demonstrar que é muito bom, mas no Barça jogam todos e alguém acabará por marcar golos. Messi é o melhor. É humilde e para ensinar crianças é preciso que haja tipos como ele, como Xavi e Iniesta. Pelo espectáculo que oferece daria a Bola de Ouro a Messi, mas como director de orquestra, daria a Xavi», referiu ainda.