Duas semanas após ser demitido do comando técnico do Cruzeiro, Pepa abriu o livro e falou sobre a passagem pelo clube de Belo Horizonte.

Em entrevista ao Globoesporte, o treinador português não escondeu que não estava à espera de ser despedido, o que o deixou com «mágoa e frustração».

«Quando falo sobre isto, falo com um bocado de mágoa e frustração, porque não queria sair. Não esperava, nem queria. Mas pronto. É assim. Estou aqui, estou a torcer de longe para que corra tudo bem. E vai correr», afirmou.

Pepa queixa-se de alguma falta de apoio por parte da direção, ao mesmo tempo que, garante, nunca houve falta de condições para trabalhar.

«Tudo, tudo, tudo. Não me faltou nada. A única coisa que me senti foi um pouco desapoiado. Treinas o Cruzeiro, com 11 milhões de adeptos, uma paixão louca. De repente, xau, acabou. Se fosse por confusão com jogadores, com direção, más exibições… aí sim. É uma grande mágoa», confessou.

«Porque não me apoiaram publicamente? Se não apoiaram, é porque não acreditavam que ia dar. Eu acreditava a 100 por cento. Mas quem tem o queijo e a faca na mão não acreditou. Só tenho de respeitar. Ajudaram-me em tudo, não faltou nada, mas senti falta de apoio. Mas será que era falta de apoio? Se calhar acharam que era melhor assim», prosseguiu.

De resto, Pepa negou que houvesse qualquer tipo de mau ambiente na equipa: «Quando me vieram falar de mau ambiente… é completamente mentira. E não é que haja necessidade de vir aqui desmentir, mas é mentira. Ambiente fantástico com tudo e todos, jogadores, estrutura, direção, funcionários, segurança, porteiro, pessoal da limpeza, da cozinha, tudo.»