O Dínamo Kiev é o próximo adversário do Sp. Braga na Liga Europa. Fundado em 1927, os «Brancos e Azuis» têm no seu currículo três taças europeias: a dos Vencedores das Taças em 1975 e 1986; e uma Supertaça, também em 1975, tendo perdido a de 86.

A nível interno, se somados os campeonatos ucraniano e soviético, conquistou 26 títulos, o último em 2009, e 18 taças, com o troféu mais recente a dizer respeito a 2007. Nunca desceu de divisão, tendo alcançado o primeiro troféu continental para a URSS no tal longínquo 1975, frente aos húngaros do Ferencváros (3-0). Bateria depois o Bayern na Supertaça. Em 1986, idêntico resultado frente ao Atlético de Madrid e novo troféu. É curiosamente da autoria do Benfica a sua maior derrota na UEFA, em 1992 e na fase de grupos da Champions, por 5-0. César Brito e Iuran bisaram, Isaías também marcou.

Longe vão os tempos da força temível do Dínamo. Valeriy Lobanovskyi, um dos grandes responsáveis pelo sucesso, em duas «eras» com o seu nome, morreu em 2002, pouco depois do segundo fôlego dos ucranianos na competição. Liderado pela poderosa dupla atacante Rebrov e Shevchenko, o Dínamo chegaria aos quartos-de-final da Liga dos Campeões de 1998 e às meias-finais da edição seguinte.

O desaparecimento de Lobanovskyi coincide com a perda do domínio do futebol ucraniano. Depois de nove títulos consecutivos veriam o Shakhtar festejar. Seria com esta equipa que dividiria os campeonatos seguintes: seria campeão em 2002/03, 2003/04, 2006/07 e 2007/08, enquanto o rival festejaria em 2004/05, 2005/06, 2007/08 e 2009/10. Este ano, uma diferença de nove pontos separa os dois, com vantagem para os de Donetsk.

O terceiro fôlego europeu surgiu em 2009 e ainda está em vigor. Então, também sob o comando do ex-seleccionador russo Yuri Semin, foi derrotado pelo Shakhtar nas meias-finais da última Taça UEFA. Na temporada passada, com Valery Gazzayev ao leme, não evitou o último lugar de um grupo de Champions que contava com Barcelona, Inter e Rubin Kazan. Agora, novamente com Semin, poderá voltar a fazer história.

Yuri Semin notabilizou-se como treinador (1992/2005 e 2009/10) e presidente do Lokomotiv (2007). Antigo futebolista, representou sobretudo clubes de Moscovo como o Spartak, o Dínamo e o Lokomotiv, e só não foi treinador do primeiro. De 2007/09 levou o Dínamo ao título e à tal meia-final da Taça UEFA, mas em Maio decidiu voltar ao Lokomotiv. Infeliz, voltaria em Dezembro passado a Kiev.

A caminhada para os quartos começou na 3ª pré-eliminatória da Liga... dos Campeões. Eliminou o Gent (3-0 e 1-3), mas perdeu o play-off com o Ajax (1-1 e 2-1). Seguiu-se a fase de grupos da Liga Europa. Empatou com o BATE (2-2), perdeu com o Sheriff (2-0) ganhou ao AZ (1-2). Na segunda volta, voltou a bater os holandeses (2-0) e os bielorrussos (4-1), e empatou com os moldavos (0-0). Seguiram-se o Besiktas e duas goleadas (1-4 em Istambul, 4-0 em Kiev) e, finalmente, o Manchester City (2-0 em casa, derrota fora por 1-0).

O último onze: Shovkovskiy; Danilo Silva, Leandro Almeida, Yussuf e Popov; Eremenko e Vukojevic; Gusev, Ninkovic (Zozulya, 46) e Yarmolenko (Betão, 90); Shevchenko (Garmash, 62).

No plantel, óbvio destaque para Shevchenko. No ataque estará bem coadjuvado por Gusev e Milevskiy. Eremenko é referência no meio-campo, e na baliza estará o esforçado Shovkovskiy.

Plantel:

Guarda-redes - Olexandr Shovkovskiy, Stanislav Bogush, Maxym Koval e Denys Boyko;

Defesas - Danilo Silva, Betão, Goran Popov, Taras Mikhalik, Andriy Nesmachniy, Badr El Kaddouri, Yevhen Khacheridi e Leandro Almeida;

Médios - Tiberiu Ghioane, Ognjen Vukojević, Facundo Bertoglio, Denys Garmash, Oleh Gusev, Gérson Magrão, Roman Eremenko, Milo¿ Ninković, Ayila Yussuf e Vladyslav Kalytvyntsev;

Avançados - Andriy Shevchenko, Andriy Yarmolenko, Artem Milevskiy, Frank Temile, Artem Kravets, Roman Zozulya e Guilherme.