Dani é um dos antigos jogadores inscritos no primeiro curso de formação para dirigentes desportivos em Portugal. Numa altura em que o Sporting se prepara para eleições para encontrar o sucessor de Filipe Soares Franco, o antigo internacional diz que ainda não está «preparado» para assumir um cargo tão elevado, mas a decisão de integrar este curso é com o intuito de vir a exercer funções directivas, em Alvalade, na Selecção ou mesmo noutro clube.
«Não sei, pode ser que sim, é com esse intuito que vim tirar este curso, é também para solidificar um pouco o que foi a minha experiência futebolística, agora noutra área, mais de gestão desportiva e também para comunicar com pessoas de outras áreas e partilhar ideias», contou o antigo jogador que, além do Sporting, também vestiu as camisolas do West Ham, Ajax, At. Madrid e Benfica.
O antigo internacional considera que, à imagem do que se passa em ligas como a Holanda ou Alemanha, os clubes portugueses necessitam de integrar mais antigos jogadores nas suas estruturas directivas. «Faltam essencialmente pessoas que estiveram dentro de campo, o futuro pode passar por aí, noutros países vimos isso com sucesso. Acredito nessa via, de juntar pessoas que estiveram de fora com o que aprendemos dentro de campo», destacou, avançando com o exemplo que encontrou em Espanha e, sobretudo, na Holanda.
«É um bocadinho diferente, embora tenha sentido mais no norte da Europa. Senti que isso já existe há mais tempo e com uma fluência maior. Em Espanha também começa a existir, vemos agora as eleições do Real Madrid em que se fala de ex-jogadores com possibilidades de chegarem a presidentes. Penso que é uma óptima via porque ninguém conhece melhor o futebol do que os jogadores», acrescentou.
Numa altura em que ainda não são conhecidos candidatos à presidência do Sporting, Dani defende que ainda é demasiado cedo para avançar. «Podia integrar uma posição na estrutura, mas não uma posição ainda de director ou numa hierarquia alta, mas talvez começar por baixo, no sentido de daqui a alguns anos ter uma posição mais forte dentro do clube. Ainda tenho 32 anos, nesta altura é uma forma de aprendizagem para mais tarde tentar aplicar e não ir para lá sem saber o que está a acontecer», contou.
Apesar de ser ainda cedo, Dani não afasta a possibilidade numa perspectiva a longo prazo. «Tudo é possível, mas as pessoas têm de estar preparadas e estar conscientes do que podem fazer. Neste momento não estou preparado para ser presidente do Sporting ou, talvez, um vice-presidente. Mas sei que há pessoas que jogaram comigo e estão preparadas para isso e este curso é uma ajuda para que, nos próximos anos, possamos ajudar o Sporting, a Selecção ou outros clubes e ajudar a melhorar o futebol português», referiu.
Além de Dani, integram o curso de Formação Específica de Elite para Direcção Desportiva outros jogadores como Sá Pinto, Oceano, Pedrosa ou Idalécio.