Declarações de amor ao Benfica, mas também garantias de profissionalismo total. Foi com estas duas mensagens claras que David Luiz esteve na sala de imprensa do Estádio da Luz, um dia antes de defrontar o clube de onde saiu para o Chelsea.

«Vão ser meus colegas até ao meu árbitro apitar. Depois vão fazer tudo até ganhar, e eu também. Nada seria assim se não fosse todo o trabalho que fiz aqui, toda a minha dedicação, desde o dia em que fui apresentado nesta sala. Vai ser especial. Vou ser acarinhado pelos adeptos até ao início, mas depois começa o jogo. O Benfica é maior do que qualquer jogador. Estou feliz por voltar a casa», disse o internacional brasileiro.

Pouco mais de um ano depois de ter trocado Lisboa por Londres, o defesa fala num «David mais velho, mais experiente». «Com uma responsabilidade ainda maior, pelos anos e pelo número de jogos. Mas o mesmo carácter, o mesmo profissionalismo, que vai dar tudo pelo clube que representa agora. Toda a gente sabe o amor que tenho pelo Benfica, mas para provar que sou um profissional de carácter não posso facilitar. Vou dar tudo em campo, e fazer o meu trabalho», reforçou.

O plantel sofreu outras alterações, entretanto, mas David Luiz diz que «a filosofia é a mesma, e o nível também». Em jeito de aviso para os colegas, o internacional brasileiro diz que «a pressão na Luz é grande». «São 65 mil adeptos a empurrar, de princípio a fim. Temos de saber lidar com isso», acrescentou.

Antigo «pupilo» de Jorge Jesus, David Luiz foi confrontado com a polémica relativa aos bloqueios nas bolas paradas. «O futebol está cada vez mais equilibrado. As equipas conhecem-se, com vídeos e análises. As equipas estudam-se ao extremo. O Benfica tenta beneficiar. Se é interpretado como falta ou não, depende do árbitro. Estamos preparados. Depende do árbitro. O Benfica também pode sofrer um bloqueio do Chelsea. Deviam dar mais valor às coisas boas, e menos às polémicas. Fala-se de quem perdeu, em vez de quem ganhou», defendeu.