José Luís Arnout, coordenador do Grupo de Trabalho para a Proteção das Seleções Nacionais e Jovens Praticantes Desportivos, nomeado pelo Governo, defendeu esta segunda-feira as ideias do grupo para a protecção ao jogador português, algo que foi criticado publicamente por Jorge Jesus e Vítor Pereira, treinadores de Benfica e F.C. Porto.

«Defendemos uma selecção de portugueses de origem daqui a 10/20 anos. Para que daqui a 20 ou 30 anos a gente continue a ter Figos e Ronaldos e outros, temos de apostar agora porque, se não, só vamos ter os que importamos de clubes de quarta ou quinta linha, que são muito bom negócio para hoje ou amanhã, mas não asseguram o futuro», afirmou Arnaut.

Sobre a entrada em Portugal de jogadores estrangeiros, Arnaut foi claro, dizendo que todos «são bem-vindos», mas com garantia de qualidade. «Não vale a pena nós sermos menos exigentes para o que é internacional do que para o que é nacional», disse.

O referido grupo de trabalho sugere limitações à contratação de estrangeiros, que deveriam ser já internacionais pelos respectivos países quando chegassem ao nosso campeonato. Esta segunda houve uma reunião do grupo com o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre, e a Associação Europeia de Ligas Profissionais de Futebol (EPFL), representada pelo director executivo, Emanuel Medeiros, e o director executivo da Liga holandesa de futebol, Frank Rutten.

Alexandre Mestre mostrou-se convicto que o trabalho realizado vai «dar frutos» no objectivo de «proteger» o futebolista português.