O Sporting conseguiu o resultado mais positivo do dérbi. Empatou na casa do rival, manteve-o à distância e, aqui sim menos bom, perdeu dois pontos para o FC Porto. Não é razão para haver drama na casa do leão.

A equipa de Jorge Jesus aparece neste desce porque a soma da produção nos dois jogos com os principais rivais é curta, escassa. Em ambos os clássicos, ficou aquém da expetativa. Faltou-lhe jogar à-campeão, dominar, impor o seu jogo.

É verdade que pode nem sequer precisar dos pontos não conquistados para festejar no fim. Já aconteceu antes, e até com o adversário de hoje. É apenas o constatar de um facto, que vale o que vale e que poderá de nada valer no final.

O Sporting foi pior do que o FC Porto em Alvalade, e voltou a ser pior, na Luz, perante um adversário em crise e à espera de um aparente golpe de misericórdia que lhe acabasse com a agonia. A diferença perante os encarnados até foi maior do que frente aos portistas, mas isso terá a ver com o fator casa, o momento e as circunstâncias de cada jogo. Não faz sentido compará-los em demasia. 

Reforço: não há drama. O Sporting pouco perdeu na Luz. Só os tais dois pontos para um líder extremamente confiante, e o facto de deixar um rival vivo, a poder transformar a exibição em combustível de confiança.

Veremos o que a segunda volta nos traz. Haverá mais duas oportunidades e, face à intensidade da corrida, dificilmente o campeão não aparecerá nestes jogos.