Platini acha que o melhor do mundo, em 2014, deveria ser um jogador alemão, uma vez que foi a Alemanha a vencer o Mundial, a mais importante prova disputada este ano.

Compreendo a posição e acho-a tão válida como a de alguém que defenda exatamente o contrário.

Mais difícil é entender Blatter e Platini. O presidente da FIFA na época passada, o líder da UEFA nos últimos dias.

O francês insiste em tentar convencer-nos de que um alemão (Neuer, adivinho) é que seria. O que incomoda aqui não é a ideia, mas sim a incapacidade para entender que o presidente da UEFA não deve manifestar-se sobre tudo e sobre quase nada (veja aqui a lista mais recente).

A UEFA e a FIFA existem para definir regras e garantir que são cumpridas. Não para dar palpites.

Podemos argumentar que esta opinião sobre um prémio é coisa menor. Até sou capaz de conceder. Mas até por isso, pergunto: por que motivo arrisca o presidente da UEFA dividir?

Nada tenho contra listas, votações e prémios. Olho para estas coisas como oportunidades, tão boas como um jantar de amigos, para conversar sobre futebol. Qual o melhor guarda-redes, os melhores defesas, o melhor da Liga ou o melhor do Mundo? Todos perdemos horas a falar sobre isto, o que é normal e talvez até saudável. Do presidente da UEFA espero mais do que apenas conversa de café. Provavelmente é um problema meu.