Luís Castro, treinador do GD Chaves, na sala de imprensa do Municipal Engº Branco Teixeira, em Chaves, após a derrota por 2-1 frente ao Sporting para a 26.ª jornada da Liga:

[Concorda com a regra dos jogadores emprestados defrontarem a sua equipa]

«Pressupõe-se que um jogador que esteja emprestado não tem condições para jogar contra o clube de origem. É uma desconfiança que se cria com isso e como não desconfio das pessoas jamais criaria uma lei dessas. Andamos neste momento cheios de desconfianças uns dos outros, e para travar situações de anormal que possam acontecer durante os jogos, impossibilita-se os jogadores de jogarem. Não estou de acordo mas a minha opinião é só mais uma, não vale nada no futebol português.

Hoje em dia no futebol português o princípio que preside é o da desconfiança. ‘É tudo uma cambada de desonestos’. Chegámos ao ponto em que se perdemos por três, quatro ou cinco, estamos vendidos não sei a quem. Se ganhamos, estamos comprados não sei por quem. No futebol português deixámos de ser honestos intelectualmente. Acho que somos uns atores nesta peça de teatro que está montada. Eu treino e levo a minha equipa a jogo. Quando não quiser, fechamos e há mais um ator a ir para casa.»